Olá!




Vamos de filme clássico? Vamos, até porque ainda não consegui ler o livro - e o farei, inclusive na língua materna, rs. Apesar de ter saído da Netflix há um tempinho, acho que vale a pena falar dele, ainda mais por se tratar da versão cinematográfica da masterpiece de Isabel Allende, A Casa dos Espíritos.

Título Original: The House of the Spirits
Elenco: Meryl Streep, Glenn Close, Winona Ryder, Jeremy Irons, Antonio Banderas
Duração: 2h 26m
Ano: 1993

A Casa dos Espíritos começa com o jovem Esteban Trueba (Jeremy Irons) pedindo a também jovem Rosa em casamento. Rosa era filha de uma família de políticos e, Esteban, um jovem humilde. Para casar-se, ele precisaria trabalhar bastante nas minas de ouro, o que fez com afinco. Ele só não contava que Rosa morreria envenenada. Então ele voltou a trabalhar com mais afinco ainda, tornando-se um homem muito rico ao passar dos anos.

O tempo passou e Esteban acabou se casando com Clara (Meryl Streep), a irmã menor de Rosa. Quando Esteban estava noivo de Rosa, Clara era apenas uma menina, mas já sabia que se casaria com ele. Esteban tinha uma irmã, Férula (Glenn Close), que passou a vida toda cuidando da mãe e viu na família do irmão a sua própria família, aquela que não pôde ter.

Mais uns anos passaram e nasceu Blanca, a filha do casal. E Esteban se tornara um homem intransigente, explorando seus trabalhadores, que já começaram a se rebelar. Blanca tinha um amiguinho, Pedro, iam a escola juntos e brincavam nus no riacho, para desespero do pai, que ao ver a cena, mandou a menina para um colégio interno, pois achava inadmissível sua filha brincar com um “índio”.

Aí passou mais algum tempo e Blanca (Winona Ryder) voltou da escola como uma bela jovem. Ela se relacionava às escondidas com Pedro (Antonio Banderas), que cresceu e virou líder revolucionário, num país que fervilhava mudanças. Todos esses personagens enveredaram-se numa incrível história, em que (apesar de o filme ser americano) o plano de fundo é um país que, achando que seria fácil se livrar dos revolucionários, acabou por cair nas garras da ditadura - estamos falando do Chile.
Quantos likes essas duas merecem?
Infelizmente o filme já saiu do catálogo da Netflix, inclusive eu sequer sabia que ele estava disponível, foi por causa de um post na internet que dizia quais produções sairiam da plataforma que corri para assistir. Todo mundo sabe que Isabel Allende é minha autora favorita, mas ainda não tive a oportunidade de ler A Casa dos Espíritos, que é considerada sua obra prima, pois foi este título que a alçou ao sucesso.

Sendo parente de quem é (Salvador Allende era primo de seu pai), Isabel soube explicar com muita propriedade o que acontece numa ditadura, e o filme, apesar de ser americano, como já disse, mostrou bem como os militares no poder nunca serão a solução, assim como nem a esquerda nem a direita pensam no coletivo mas em si próprio – nada que não esteja acontecendo hoje, não é mesmo?

Com um elenco estrelado e parte das cenas gravadas em Portugal, A Casa dos Espíritos retrata bem o Chile de outrora, com uma Clara que realmente vê espíritos, um Esteban que vai se moldando conforme vai ficando rico – lembrando que ele não é o vilão, mas faz diversas ações, algumas abomináveis, que têm como justificativa o meio em que vive – , o amor praticamente impossível de Blanca e Pedro e um certo conde Saligny, uma pessoa bem suspeita.

A respeito das atuações, nada que não me surpreendesse, pois conta com um elenco de peso: Meryl Streep e Glenn Close – que até hoje às confundo, pois acho as duas muito parecidas – e nem preciso dizer como foram incríveis em suas atuações; Jeremy Irons encarnou Esteban com tanta fidelidade que eu queria entrar no filme e socá-lo; Antônio Banderas e Winona Ryder estavam bem novinhos e ainda não causavam tanta polêmica. Enfim, atuações brilhantes, que me pregaram no filme do começo ao fim, apesar de que, em alguns momentos, quase desistindo de ver, pois a história ficou meio modorrenta.

No mais, é uma linda história, que ascendeu Isabel Allende ao panteão dos grandes autores, ainda mais porque sua versão cinematográfica contou com um elenco de peso, que ajudou a contar não só a história dos Trueba, mas a do Chile e a da própria autora. Agora é uma questão de honra ler o livro – em espanhol, de preferência.

Olá!

Nunca fui tanto no cinema como em 2017. E vi cada filme... um mais espetacular que o outro. E dessa vez vou falar de O Rei do Show, uma grata surpresa.

Título Original: The Greatest Showman
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zendaya, Zac Efron, Rebecca Ferguson
Ano: 2017
Duração: 2h 19m

O Rei do Show conta a história real de P.T. Barnum, criador do circo que leva seu nome. Ele era um enganador nato, com o desejo de ficar rico de maneira rápida. Tudo começou no tempo da rainha Vitória, quando Phineas, filho de um alfaiate, conhece a menina Charity, que após uma brincadeira, ele vai parar num colégio interno. Os anos se passam e nem a distância os vão separar. Mas a ideia de fazer seu show não saia de Phineas, por isso, quando perdeu seu emprego, ele foi correndo pedir um empréstimo no banco para criar seu museu – primeiro com bonecos de ceras depois transformando-o num circo, com trapezistas, mulher barbada, um gigante e assim por diante.

Barnum já tinha se estabelecido, mesmo com as críticas ao seu show. E nem assim ele desistiu. Mas o sucesso subiu um sua cabeça e ele acabou pagando por sua ganância. Muitos anos depois, com sua família estabelecida, ele queria mais e mais até que uma certa Jenny Lind entra em seu caminho. Apesar de suas falhas, o showman (como ele se intitulava) causou uma profunda mudança no entretenimento do país, pois até então ninguém tinha sido visionário como ele.

Que filme! Eu não sou a maior fã de musicais (detesto, do fundo do meu coração), mas tenho que aplaudir de pé todos os envolvidos no elenco. Tudo ficou muito bem feito e as atuações do Hugh e da Michelle são de encher os olhos. Computação gráfica na medida certa garantiu efeitos especiais maravilhosos. Um filme que preciso ter em DVD.

Eu fui com a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, e saímos com a mesma impressão: a mensagem mais forte do filme é a da empatia. Como os astros do circo são "diferentes" - uma mulher de barba, um gigante russo, trapezistas negros e assim por diante - Barnum fez mais do que juntar todo mundo e fazê-los cantar e dançar, ele fez com que todos fossem respeitados. Além disso, há também a discussão sobre o preconceito: por mais que Barnum se esforçasse, ele sempre foi visto como o filho do alfaiate, até mesmo pela família de Charity.
Outro ponto positivo da obra é a trilha sonora. Feita por Benj Pazek e Justin Paul, a mesma dupla que fez a trilha de La La Land (e ganhou o Oscar por isso), as músicas falam de tudo o que acontece na trama e, a melhor parte é que você sai da sessão querendo cantar e dançar por todo o shopping, é simplesmente maravilhosa! (O álbum está disponível no Spotify, mas é óbvio que só recomendo ouvir APÓS assistir ao filme).

É verdade que a vida de Barnum não foi esse mar de rosas - ele já foi considerado o Rei do Embuste; embuste aqui está no sentido original da palavra, sinônimo de mentira), ele era algo como um espertalhão, sempre querendo explorar para ascender, mas, ainda assim, sua contribuição ao mundo do entretenimento é única.

Queria deixar claro que eu amei cada atuação, quando vi a sincronia do Zac com o Hugh, só lembrei de High School Musical. A Zendaya, que só conheço de nome, foi um arraso, Michelle Williams me encantou em cada cena, Keala Settle (a mulher barbada) foi a grande surpresa, ela não é tão famosa assim, que dizer, não era, porque depois desse filme... não tem como não virar fã! Tudo é tão lindo nesse filme que não tenho mais palavras para descrever.

P.S.: queria confessar que, uns dias depois, fui no cinema de novo, mas para ver outro filme. Ao lado da sessão onde eu deveria entrar, estava passando o trailer de O Rei do Show, comecei a meio que dançar no meio do corredor, ainda bem que minha irmã nem reparou nisso.

This is a greatest show!

Olá!

Aproveitando que ando com uns trocados pra ir ao cinema, e sabendo que Kenneth Branagh está no elenco (talvez eu tenha virado fã, já que a resenha de Wallander saiu nesta segunda, com o link aqui), corri pra ver Dunkirk. E foi tão legal! Poucas vezes vi um filme de guerra tão bem feito.

Título Original: Dunkirk
Elenco: Harry Styles, Tom Hardy, Kenneth Branagh e elenco
Ano: 2017
Duração: 2h

Baseado em um best-seller recém-lançado pela Harper Collins, o filme vai contar a história da batalha da praia de Dunkirk, durante a Segunda Guerra, quando os alemães cercaram o local e os franceses e ingleses, sob cobertura aérea e marítima, ajudaram as tropas a evacuar a praia. Tropa composta por mais de 400 mil soldados.

Basicamente, é isso, mas quando vemos de forma detalhada como aconteceu, percebemos como o processo foi aflitivo, com muitas vidas perdidas, e quem está na posição de comando fica só observando, num primeiro momento, mas quando resolve tomar a decisão crucial, o faz sem temer absolutamente nada.

O filme não tem um protagonista específico, então se você não gosta do One Direction, não precisa torcer o nariz, porque o Harry Styles vai aparecer o mesmo tanto de vezes que os demais atores - ele é um dos soldados. Aliás, se quiser seguir na carreira de ator, vai dar super certo, ele mandou super bem no personagem, talvez algumas aulas pra aprender alguns fundamentos e vá ser feliz na carreira! Aliás (de novo), ele tá tão adulto nesse filme que quase não o reconheci...

Já sabendo que o Oscar de melhor diretor vai pro Christopher Nolan... porque é impossível esse cara não ganhar, o que ele fez como diretor (ele também escreveu o roteiro, segundo os créditos), não vi em nenhum filme deste ano (talvez perca pra Patty Jenkins... ah, dividam o prêmio de uma vez!). O jogo de imagens, a fotografia, as câmeras deixando o espectador em primeiro plano... Outra pessoa que também deve ganhar a estatueta é o responsável pela trilha sonora, o alemão Hans Zimmer. Toda instrumental, cada tema aparecia no momento certo, ditando o sentimento a quem assiste, como o medo e a tensão, presentes em toda a história.
Spoiler: nessa cena, uma pessoa riu. E ninguém vai notar isso na hora, portanto, para ver o momento exato, pesquise na internet por "Dunkirk smiling extra fail".
Kenneth Branagh (minha motivação pra ver o filme) é o Comandante, ou seja, o que olha a merda sendo feita. Assim como os demais personagens, ele aparece o suficiente para sabermos que é ele quem manda... e eu vou dizer o quê desse homem maravilhoso (que precisa de um preenchimento labial urgente), só aplaudir e me deixar seduzir pelo sotaque britânico maravilhoso dele! O outro mais famoso que aparece é o Tom Hardy, que é piloto e passa o filme inteiro pilotando um caça (eu queria, inclusive) e que só tira a máscara nos acréscimos (é um spoiler, mas deve ser difícil atuar e não poder mostrar a cara, rs).

Também teve um monte de tiro disparado. Amei todas as cenas de tiro, porrada e bomba. Na primeira vez que os tiros são disparados, fiquei procurando de onde vinham as balas, porque parecia que tava rolando um tiroteio de verdade, juro! E isso foi possível porque assisti o filme numa sala Cinemark XD e nunca tinha passado por essa experiência - sala aprovadíssima!

Apesar da resposta polêmica recente do Nolan a respeito da Netflix, há que se parabenizar o trabalho dele, ele sabe o que faz e, por se tratar de uma história real, contá-la sem se tornar uma coisa arrastada é uma tarefa difícil. Então, se você gosta do 1D, ou do Kenneth ou de uma boa história de guerra, Dunkirk é uma ótima pedida!


Olá!

Graças à Cia das Letras, que há algum tempo, disponibilizou uma sessão exclusiva para convidados, e a Ani, do Entre Chocolates e Músicas, que me cedeu gentilmente o ingresso, pude conferir, em primeira mão, o filme O Círculo, baseado em best-seller de mesmo nome e estrelado por Emma Watson e Tom Hanks. A resenha foi postada originalmente no EC&M.

Título Original: The Circle
Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, Johh Boyega, Karen Gillan entre outros.
Duração: 1h 50m
Ano: 2017

O Círculo nos apresenta Mae Holland (Emma), uma jovem que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua amiga arruma um emprego para ela numa empresa chamada “O Círculo”. Mae era atendente e, assim como eu num passado remoto, só atendia clientes insatisfeitos e revoltados.

O Círculo tem como produto principal o “True You”, que pelo que entendi, é um programa onde você pode gerenciar desde suas redes sociais até suas contas bancárias, enfim, como um Serviço de Atendimento ao Consumidor em grande escala. Mae fará o mesmo que fazia na outra empresa, mas, ao invés de telefones, a conversa seria por computadores.

O chefão d’O Círculo é Eamon (Tom), que quer compartilhar absolutamente tudo com todo o mundo. Tudo mesmo. Eamon desenvolveu uma micro câmera que permitirá as pessoas compartilhar tudo e disponibilizar online. Em tempo real. E conforme Mae e os demais funcionários vão compartilhando absolutamente tudo de suas vidas, eles vão subindo posições no ranking da empresa.

Em algum momento da sua vida, você já assistiu o BBB (enjoei na quinta edição, agora só acompanho memes) ou, mais recentemente, algum episódio de Black Mirror (eu vi os eps "O Hino Nacional" e "Urso Branco") ou 1984, do George Orwell, ou o filme Invasão de Privacidade (falei dele aqui, mas, se não viu, tem na Netflix). Pois saiba que O Círculo é a versão piorada (pelo menos para mim) desses quatro exemplos que dei. Esse filme distópico vai abordar as consequências de querermos viver conectados demais, integrados demais.
Ao mesmo tempo que a tecnologia vai ajudar diretamente a vida de Mae (o pai tem uma doença grave), vai atrapalhar também, principalmente quando, mesmo bem-intencionados, nós acabamos cometendo erros, que acabam virando uma bola de neve. A obra vai mostrar até onde a sede por compartilhar informações vai nos levar – e o que acontece quando desaprendemos o conceito de privacidade. O Círculo mostra como a recente necessidade humana de estar na internet, ser curtido, compartilhado e amado nas redes sociais pode nos afetar na vida real.

O filme é muito bem feito, as atuações impecáveis... gosto da Emma quando ela faz filmes que não tem tanto hype, como o ótimo, porém pouco falado, Regressão (com Ethan Hawke, tem na Netflix). Tom Hanks, apesar de aparecer no cartaz, vai aparecer pouco, mas quando aparece, impressiona. Aliás, ele optou por um visual “Náufrago”, só faltou a bola Wilson.

No mais, novamente quero agradecer a Ani pelo ingresso e à Cia. Das Letras por viabilizar essa sessão exclusiva. Vale lembrar que O Círculo é baseado no livro de mesmo nome, do norte-americano Dave Eggers. Mais adiante vou querer ler o livro para fazer minhas comparações. O filme estreou no dia 22 de junho, nos cinemas de todo o país.
“Saber é bom. Saber tudo é melhor ainda.”


Olá!

Costumo resenhar filmes sempre às sextas, para emplacar a dica no fim de semana, mas precisei abrir essa exceção, pelo simples fato de que o mundo PRECISA ver esse filme. E preciso divulgar a palavra da única heroína possível pela blogosfera. Eu fui assistir o filme da Mulher Maravilha e estou (mais) apaixonada por ela. Amém, Diana.

Título Original: Wonder Woman
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, entre outros.
Duração: 2h 21m
Ano: 2017

O filme conta a história de Diana, esculpida em barro e filha da rainha de Temyscira, a rainha das Amazonas, cuja ilha só tem mulheres com opinião forte. Após salvar o capitão Steve Trevor do mar, Diana descobre que, no mundo dos mortais, está acontecendo uma guerra sem precedentes – a Segunda. Ela decide que vai com o capitão até Londres para parar a Guerra. Mas ao chegar lá, o choque é imediato. Ela não pode opinar, ou melhor, nem pode abrir a boca. Falar sobre a guerra? Impossível.

Com pitadas de bom humor, Mulher Maravilha é um filme que mostra o poder da mulher e o poder da guerra, como ela destrói cidades e populações. Além disso, Diana já era feminista antes mesmo da palavra existir. Tem muito Girl Power nessa história. Um filme só dela era tudo o que nós mulheres e meninas precisávamos. Cada cena, cada efeito especial, é um colírio pros olhos. Tudo é perfeito no filme: os efeitos, as lutas, a direção, Gal Gadot...

Aliás, falando na atriz, Gal Gadot me foi uma grata surpresa. Não a conhecia, mas sua atuação foi muito convincente, simplesmente perfeita. O ator Chris Pine também mandou bem, principalmente nas cenas de humor. Gal é israelense e serviu o exército daquele país, o que explica sua força física, o que talvez justifique sua escolha, e também, se não justificar, quem se importa? Ela é linda e talentosa!
Particularmente, me abstenho de escolher Marvel ou DC, mas tendo a cair pro lado da Liga da Justiça. Porém, de todos os filmes de universo estendido de heróis que saíram até o momento, só esse realmente me chamou a atenção - e o único que consegui ir praticamente assim que lançou. Fui convidada pela Ani, do Entre Chocolates e Músicas e mais duas amigas dela, Beatriz e Pamella, duas simpáticas! Mais legal do que ver esse filme, é ver com os amigos!

Mulher Maravilha é um filme que todos devem ver, principalmente meninas e mulheres, mais do que nunca é um filme que nos representa, nos orgulha, nos arranca suspiros. Cresci assistindo a Liga da Justiça Sem Limites, no SBT e Diana já era a minha favorita desde aquele tempo. O filme nos mostra, além disso, que nós mulheres podemos fazer qualquer coisa, vide Gal Gadot ou a diretora Petty Jenkins, que fez com que o filme arrecadasse milhões em poucos dias - algo inédito para um filme de heroína dirigido por uma mulher. Perceberam a importância? Com esse filme, ela entrou no meu hall particular de personagens femininas que me representam, junto com a Mônica, a Mafalda e a Lisbeth Salander.

Diana Prince > Marvel e DC.


Olá!

Hoje tem dica de filme! Como já sabem, sou uma grande entusiasta/fã do cinema europeu. Esses dias assisti um filme holandês, um thriller que te deixa com o coração na mão do começo ao fim. Mesmo que você não fale o idioma dos Países Baixos, vem conferir a resenha de Luz do Dia (Daglicht).

**A propósito, quero informar que não faço a mínima ideia de como se pronuncia os nomes dos atores, atrizes e personagens, obrigada.


Título Original: Daglicht
Ano: 2013
Elenco: Angela Schijf, Monique Van de Ven, Fedja Van Huet, entre outros.
Duração: 1h 54m

Luz do Dia conta a história da advogada Iris Boelens. Ela é mãe (solteira) de Aron, um lindo menino autista. Até aí, tudo bem. Só que ela descobriu ter um irmão. Também autista. E como se não fosse suficiente, está preso, acusado de duplo assassinato. Ela resolve ajudar Ray Boelens, após desconfiar de sua culpa nos dois crimes.


Mas já diz o ditado: quanto mais mexe, mais fede. E conforme Iris começou a pesquisar, mais complicado foi ficando pra ela, pois, conforme ia pesquisando sobre Ray, ia descobrindo mais sobre seu próprio passado. Em paralelo à investigação sobre o irmão, Iris precisa defender um produtor de filmes eróticos que está sendo acusado de estupro, ao permitir que uma menor de idade protagonizasse um filme. E a família desse produtor também tem parte no passado de Iris.

Como eu falei no início, nunca tinha visto filmes made in Holanda, mas me surpreendi. Um colega meu também o viu e teve a mesma sensação: que filmão da porra! A produção foi uma gratíssima surpresa. Pesquisando sobre ele, descobri que o filme é baseado no livro Daglicht, publicado em 2009 pela australiana radicada na Holanda Marion Pauw. Tanto o livro como o filme são recentes e cada atuação é de encher os olhos! Aqui está o livro no Goodreads.
Aleatório: que mulher... Ela ganhou uma fã.
Assim como no livro, o filme tem suspense do começo ao fim, isso porque você não sabe o que aconteceu às vítimas, assim como você sabe que Ray não mente (autistas não mentem, nem preciso ver um filme pra saber disso) e você vê que Iris está lutando praticamente sozinha. E você pode jurar que os atores que interpretam Aron e Ray são autistas de verdade.

Aplausos também para Angela Schijf. Claro que não a conhecia, mas seu papel de Iris me deixou boquiaberta. Ela mostrou bem como é difícil ser mãe de uma criança especial, e como a sociedade ainda olha esquisito para essas pessoas. 
Ray!
Aliás, o filme fala bem como os autistas são especialistas em alguma coisa. Aron, filho de Iris, consegue montar quebra-cabeças em minutos. Já Ray conhece vários tipos de peixe, além de ser um exímio desenhista. Filmes que retratam pessoas com algum tipo de deficiência tocam meu coração, mas filme com autistas... esses me desmontam. Independente do gênero.

Vale ressaltar que esse filme é bem raro no Brasil. E o livro não tem nem tradução pro inglês, que dirá pro português, infelizmente, porque acredito que seja um bom livro - porque foi um bom filme. Quem sabe um dia entre na Netflix ou em algum outro streaming - ou tenha o DVD, serve também. Ou alguma editora legal resolva publicar o livro. De todos modos, cinco estrelas é pouco pra esse filme. Aplaudo de pé o cinema holandês!

P.S.: Pra facilitar a procura de vocês, coloquei o título em português e em holandês. Ah, e Iris tem uma certa cicatriz nas costas. Reparem bem, porque ela não está lá à toa.
O elenco no dia da estreia. A autora Marion Pauw está de branco e Angela Schijf, de azul.

Olá!

Com muita dor no coração, trago a resenha do último filme Millennium. A Rainha do Castelo de Ar é o último ato de Lisbeth Salander tentando provar que é inocente. Com um visual bem conceitual, ela vai tentar se livrar de uma barra bem pesada, contando, claro, com a ajuda de Micke Blomkvist.

P.S.: pode haver spoilers do filme anterior.

P.S. 2: na sexta passada (07) foi o vigésimo terceiro aniversário desta que vos escreve, quem souber onde encontro os DVDs da trilogia, vai me dar um baita presente :)

Resenhas Anteriores: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - Livro | Filme
A Menina que Brincava com Fogo - Livro | Filme

Título Original: Luftslottet som sprängdes
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Lena Endre, Anders Ahlbom, Annika Hallin
Ano: 2012
Duração: 2h 26m

Começando exatamente de onde parou o segundo, nossa hacker favorita Lisbeth Salander está no hospital. E sob custódia da polícia, acusada de tentar matar Zala. Lembrando que, ela já estava sendo acusada de matar o casal Dag e Mia, colaboradores da Millennium, além de Nils Bjurman, seu tutor.

Só que tem gente que quer tanto Zala como Lisbeth mortos. Justamente o grupo que cobriu todas as ações de Zala em território sueco desde os anos 60. Ou seja, um bando de velhos que quer encobrir todo tipo de podridão. Aliás, foi isso que desencadeou toda a vida de Lisbeth a partir de seus 12 anos.

Por outro lado, Mikael Blomkvist, obstinado como sempre, sabe que Lisbeth é inocente e, a todo custo, juntará provas para consegui-lo. Para ajudá-lo, ele chama sua irmã, Annika Giannini, que é advogada, para defender Lisbeth no tribunal. Mas, agora as coisas estão mais difíceis. Erika Berger, diretora da Millennium, está sofrendo ameaças.

No hospital, Lisbeth ganha um aliado improvável: seu médico. O dr. Johansson, diferente de todos que a prejudicaram, só quer ajudá-la - até pizza consegue, rs - deixando Salander desconfortável, já que não está acostumada com pessoas a ajudando.

Para livrar a cara de Lisbeth, Mikael, Annika e a equipe da Millennium precisarão de muito mais que informações. Terão que lidar com todo tipo de gente que quer prejudicar a jovem, além da Defensoria Pública, que quer impedir a publicação da revista para capitanear sua própria investigação.
Mentira!
Assim como tem gente que ama Harry Potter ou Jogos Vorazes, eu amo Millennium! Tudo relacionado a esse mundo me fascina e com esse filme não foi diferente! Eu não li esse volume, mas acredito que tem informação faltando, assim como no segundo. Só que, esse filme dura mais de duas horas e meia, então não vejo tanto problema, ainda mais porque a história correu de maneira linear e sem furos - apenas notei que, de um filme pro outro, a irmã do Blomkvist engravidou - não me lembro dela grávida no segundo, mas ok.

Cinco estrelas é pouco para esse filme. Elogiar as atuações de Michael e Noomi como Blomkvist e Salander é redundante, foram bem demais. Finalmente a Annika Hallinn ganhou mais destaque, antes, apareceu por alguns minutos e só. Neste, como advogada, ela foi muito bem, defendendo Lisbeth mesmo sem ser advogada criminalista. A fotografia também está de parabéns, as paisagens da Suécia ajudam bastante no resultado final, rs.

Como eu suspeitava, A Rainha do Castelo de Ar encerra a história de Lisbeth e Zala. Se Stieg não tivesse morrido, provavelmente o próximo volume viria com um novo caso. Tá, tem o Millennium 4 - A Garota na Teia de Aranha, mas li na internet que a Noomi não vai mais querer encarnar Lisbeth (pena que eu perdi o link com a matéria), então o jeito é apreciarmos os três filmes, com a certeza de que dificilmente alguém escreverá uma trama parecida com essa.
Por mais que eu tenha resenhado os três filmes e, creio eu que ainda esse ano leia e resenhe os livros 3 e 4, ainda não achei palavras para descrever o que sinto por essa história. Não vou saber quantos livros li na minha vida toda (não gosto de ficar contando), mas nenhum, em nenhuma fase da minha vida, me tocou tanto quanto essa trilogia. Em grande parte, devo ao primeiro filme, pois foi ele que me deixou apaixonada por esse mundo - além da história, se Michael Nyqvist não tivesse me prendido em seu papel de jornalista, nunca que eu teria prestado atenção.

Millennium é, definitivamente, o tipo de história cuja mensagem você quer mostrar a todo mundo, em todos os lugares, se possível tatuar na pele e marcar na testa! Aliás, falando em marcar, não custa nada usar este humilde post para pedir - implorar - que a Cia. das Letras, que detém os direitos da obra de Larsson no país, trouxesse também os quadrinhos da trilogia - sim, não contente em lançar os filmes, uma romancista escocesa transformou a história em HQ, e pelo que vi na internet, ficou do ca*****!

Nem sei como terminar este post, só peço para que assistam os filmes (de preferência depois dos livros, rs), porque ele tem uma mensagem incrível, mais bem feito que o americano e ainda tem Michael Nyqvist - para embelezar mais ainda, claro. E Lisbeth, mais do que nunca, passou a ser meu ideal de mulher.



Olá!

Sexta é dia de filmes!! E hoje, o resenhado é um filme de livro que só vi uma resenha, mas agora quero o livro, porque o filme ficou muito bom! Com ótimos atores e uma história que envolve vários elementos, A Nona Vida de Louis Drax é diferente de tudo o que você já viu.

Título Original: The 9th life of Louis Drax
Ano: 2016
Elenco: Jamie Dornan, Aiden Longworth, Aaron Paul, Sarah Gadon, entre outros.
Duração: 1h 48m

A Nona Vida de Louis Drax conta a história de, obviamente, Louis Drax (Aiden Longworth), um garoto que sofre os mais diversos tipos de acidentes. Desde que nasceu. Aliás, seu primeiro acidente foi justamente ter nascido. De lá pra cá, foi eletrocutado, intoxicado, caiu um lustre em cima do berço... Enfim, uma série deles. Até que, justamente no seu aniversário de nove anos, ele sofre o pior dos acidentes: a família organizou um piquenique para comemorar, em cima de um penhasco, mas ele acaba caindo na água. É dado como morto, vai pro necrotério e tudo, mas qual a surpresa de todos quando ele ressuscita? Mas entra em coma. E é aí que a história começa.

Para cuidar de Louis, é designado o dr. Allan Pascal (Jamie Dornan). Ele acaba se encantando com a mãe de Louis, que, além de sofrer pelo filho, sofre com o desaparecimento do marido, que fugiu da cena do acidente e acabou se tornando suspeito número um da suposta tentativa de homicídio do menino.

Natalie Drax está separada, Allan Pascal está com o casamento em crise. E isso é suficiente para eles se envolverem amorosamente. Enquanto isso, no coma, Louis vai conversando com seu amigo imaginário - um ser verde que achei repugnante. Depois disso, cartas supostamente escritas por Louis começam a aparecer. E agora, será que alguém estaria se passando pelo menino para amedrontar a mãe?

Que filme, meus amigos! Alguns dias antes de ver o filme, eu li uma resenha do livro, não vou lembrar em qual blog. Mas achei muito interessante a história, anotei o nome mas acabei esquecendo. E qual foi a surpresa em saber que tinha filme? E que era um excelente filme! Você precisará descobrir o que é fantasia do que é real.
Outra coisa que chama a atenção é a inteligência de Louis. Para quem tem tão pouca idade, ele sabe de muita coisa - coisa de adultos, até. Ele sabe que a mãe não é o que aparenta, o pai é a pessoa mais legal do mundo, que o dr. Pascal não deve se aproximar de Natalie... ele tem um pensamento muito rápido para tão pouca idade. Ele consegue ser insolente e engraçado ao mesmo tempo.

Sobre a fotografia: muito bem feita. Eu não entendo muito bem de fotografia de cinema, mas pude ver que as imagens são muito bem feitas, os locais muito bonitos, como a montanha em que Louis caiu. O elenco também é excelente. De conhecidos, só o Jamie Dornan. Em 50 tons, ele foi muito fraco (só a bunda valia a pena ver), mas neste ele está mais humano, mais maduro como ator. Aliás, ele foi tão bem no filme que só o reconheci porque o nome apareceu nos créditos.

O jovem Aiden Longworth está de parabéns pela atuação, conseguiu convencer como Louis Drax. o que me irritou foi o cabelo escorrido. Sarah Gadon foi a surpresa. Não a conheço, mas foi sensacional como Natalie Drax, me surpreendeu do começo ao fim. Conversando com amigos que já viram o filme, só eu achei uma coisa, enquanto todos viram outra. Reparem bem na senhora Drax.

Agora quero ler o livro, acredito que seja uma boa história, mesmo eu já tendo visto o filme, com certeza o livro, além de ser naturalmente melhor, deve ter alguma informação que o filme não mostrou. No mais, recomendo muito o filme, seja pela história ou pelo Jamie Dornan, rs. 


Olá!

Talvez, só talvez, eu esteja te incomodando com o fato de que disse várias vezes que sou fã da Trilogia Millennium - mas se eu sou obrigada a aturar fãs de sagas teen, então me aturem, por favor! Lá no início do ano, eu resenhei o segundo livro. Agora, não desiste de mim e leia a resenha do segundo filme, A Menina que Brincava com Fogo.

Título OriginalFlickan som lekte med elden
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Lena Endre, Peter Andersson e elenco.
Ano: 2010
Duração: 2h 9m
Resenhas Anteriores: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - Livro | Filme

A Menina que Brincava com Fogo - Livro

Há algum tempo, eu resenhei o segundo livro da trilogia, agora é a vez de falar do filme. Pra não ficar repetitivo, vou resumir assim: o jornalista Dag Svensson e sua namorada, Mia Bergman, doutoranda em criminologia, são assassinados. O jornalista está colaborando para a Millennium para uma matéria sobre o comércio do sexo. Nesse meio tempo, Lisbeth Salander está viajando pelo mundo, gastando boa parte de sua grana. Quando ela reaparece, está sendo procurada por todo o país. E a seu favor, só Mikael Blomkvist.

Diferente do livro, onde Larsson esmiuçou tudo, o filme pulou algumas partes, que eu senti falta, mas que não alteraram a fidelidade da história, por incrível que pareça. Alguns personagens tiveram sua importância no livro, mas deram uma rápida passada no filme, como o Dragan Armanski, ex-empregador de Lisbeth, e Annika Giannini, que é irmã de Mikael, casada com um italiano, além de Holgen Palmgren, ex-tutor de Lisbeth.

Sou suspeita para falar qualquer coisa a respeito dessa trilogia que tanto amo/sou. Então não esperem imparcialidade nesta resenha. Primeiramente, atuações impecáveis. O que dizer de Noomi Rapace e Michael Nyqvist, que, literalmente, encarnaram os espíritos de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist? Não consigo dizer nada, apenas suspirar e aplaudir. Novos personagens aparecem, mas um em especial, é a chave da trama: Zala. Como eu disse, o filme é bem fiel ao livro, mas, na tela, me pareceu muito mais fácil achar Zala (talvez pela agilidade que o cinema exija), sendo que, o cara é praticamente uma lenda.
Mas, mesmo amando essa história, algo me incomodou - e não só em esse filme, mas em vários por aí: as benditas cenas de sexo. Quem já leu/assistiu, sabe que Lisbeth não se define, sexualmente falando: não sabemos se é hétero, homo ou bi (e, sinceramente, isso não me importa). Mas, aqui, tem uma cena de sexo entre ela e sua amiga Miriam Wu. E parece ser de verdade. Então, a menos que alguém vai flagrar os personagens transando e vá rolar um barraco logo em seguida, não precisa colocar cena de sexo (seja hétero ou gay). Aí, depois o Blomkvist tá na casa da amante, denotando que passou a noite lá e não mostram nada (mentira, mostra o casal nu em plano geral). Vai entender...

A propósito, uma coisa que me surpreendeu foi a facilidade com que as atrizes mostraram seus seios. Gente, juro que queria entender de onde vem tanta naturalidade da mulherada, eu não teria a mesma coragem hahaha (e confesso que esperava que ia rolar um nu do Michael Nyqvist...) Estou comentando isso - que é totalmente aleatório - porque não que tenha algo contra isso, tô suave, nada contra peitos, mas é que acho esquisito porque, por eu ter alguma vergonha do meu corpo, acho que todas as mulheres do mundo tenham alguma dificuldade em se mostrar, mesmo que seja em nome da sétima arte... sim, é coisa da minha cabeça e quis comentar com vocês.
Voltando à história, Zala (que é homem) é um cara que está diretamente ligado à vida de Lisbeth. E aqui, sabemos bem mais sobre o passado (pesado) de Lisbeth e como ela foi acabou sendo declarada incapaz pelo governo. No livro, isso é bem mais explicado, mas o filme tem imagens. Fortes. Ela era só uma menina. Mesmo sabendo que é uma obra de ficção, Salander sofre uma barra muito pesada e, se fosse outra, provavelmente teria se matado. E muita coisa que ela passou é passível de acontecer com qualquer uma de nós.

Mas ela é muito inteligente (amém!) e mesmo à distância, vai trabalhar para provar sua inocência. Blomkvist também, mesmo eles não se encontrando em 99% da história (no livro eles se encontram um pouquinho mais). E, assim como no livro, o filme acaba naquela cena que você diz: como assim acabou? E agora? Qual o sentido da vida?

Como eu não tenho psicológico, vou dar uma pausa na trilogia e acompanhar outros filmes. Eu tenho pra mim que, o próximo volume vai encerrar esse caso. O que é bom, mas aí eu lembro que Larsson morreu há 12 anos e só deixou manuscrito parte do quarto livro. E ele ia escrever 10 volumes. Dá uma tristeza... Mesmo tendo aquele quarto volume do Lagercrantz, não é a mesma coisa. Uma pena que os fãs fiquem privados desses manuscritos, mesmo incompletos, por causa do mercenarismo (pra mim não é outra coisa) da família Larsson e da viúva - como eu não sei quem tem razão, todos levam a culpa.


Olá!

Mais um filme para esse fim de semana! O título de hoje é um que descobri ao acaso. Uma amiga me disse que meu ator favorito estava no elenco, então, na primeira oportunidade, fui assistir. Sem saber do que se tratava. E que filme! Invasão de Privacidade é para se pensar na tecnologia e nas pessoas que a usam. Para o bem e para o mal.

A PRIVACIDADE NÃO É UM DIREITO E SIM UM PRIVILÉGIO.
Título Original: I.T.
Ano: 2016
Elenco: Pierce Brosnan, James Frecheville, Anna Friel, Stephanie Scott, entre outros.
Duração: 1h 35m

Invasão de Privacidade começa com Mike Regan (Pierce Brosnan) tendo um problema de informática enquanto apresentava seu novo projeto: um aplicativo para aluguel de jatinhos, uma espécie de Uber aeronáutico. Quem resolve esse problema é o jovem Ed Porter (James Frecheville). Ele se mostra acima da média quando o assunto é Tecnologia da Informação, o que leva o hacker a se aproximar de Mike e sua família.

Por ser um empresário envolvido com tecnologia, toda sua casa é tem tecnologia de última geração: sensor na torneira da pia, cafeteira que funciona com um botão... tudo muito prático, mas que tem seu preço. Ed não é dos mais sociáveis e, após Porter consertar o Wi-Fi ruim da casa, ele coloca as vidas de Mike, da esposa Rose (Anna Friel) e da filha Kathryn (Stefanie Scott) em perigo, isso porque Mike deu confiança demais para Ed. Enquanto isso, a casa automática dos Regan vai virar brinquedo nas mãos de Ed. E depois de muito procurar, Mike vai precisar de Henrik (Michael Nyqvist) para dar um rumo positivo nessa jornada high-tech.

Um excelente filme, que nos faz refletir o quanto estamos expostos demais na internet. Como o fato de que, cada vez que postamos uma foto no Instagram ou um check-in no Facebook, de certa forma, estamos nos abrindo, deixando de lado nossa privacidade em troca de quatro ou cinco likes. Já não existe mais privacidade, todos estamos conectados demais. Não sei se isso é "tão Black Mirror", como dizem por aí, mas que você fica apreensivo, ah, você fica. Principalmente aqueles que mandam nudes.
Que imagem, meus amigos. Insira a legenda para esta foto nos comentários, rs.
Basicamente, eu assisti esse filme porque uma amiga, que assistiu antes de mim, disse que Michael Nyqvist aparecia. Talvez eu seja um pouco fã dele, só talvez. Aliás, o sueco pode fazer o papel que for, para mim, sempre será Mikael Blomkvist. Então resolvi assistir mais por ele do que pela história em si. E qual foi minha surpresa ao ver que se tratava de um baita filme? Ele é bem recente, então não dá pra não se identificar seja com Mike ou com Ed (abraço pra galera da T.I.) ou até mesmo com Kathryn, que, por ser a mais conectada da família, é a que mais sofrerá com ataques na internet.

Pierce Brosnan, que homem! Mesmo tendo idade para ser meu avô, continua bonito. É meio esquisito vê-lo em um filme high-tech que não seja 007 hahaha, mas, falar que fez um excelente trabalho como Mike Regan é uma obviedade. (Alguma vez ele fez um filme ruim?) Anna Friel também foi excelente, não me lembro dela em outros filmes, mas neste foi sensacional.
Os jovens James Frecheville e Stefanie Scott como Ed e Kathryn foram razoáveis. Mas Ed deixou a desejar (fiquei com medo), apesar de logo de cara anunciar que seria o vilão, o excesso de caras e bocas ficou artificial. E Michael Nyqvist, sou suspeita pra falar dele, mas sua aparição de 10 minutos foi suficiente para mostrar porque ele é um dos atores mais bem-sucedidos fora da Suécia, sem falar que ele é lindo demais, o que já melhora e muito o filme.

No mais, apesar da torrente de clichês - já pararam para pensar que, mesmo sendo high-tech, Mike passa vergonha logo quando não consegue dominar a internet de sua casa? - vale a pena assistir sim, tem pouco mais de uma hora e meia, mas como tem bastante ação, o tempo voa. Sem contar que é reflexivo.


Olá!

Agora que tenho Netflix, fico colocando vários filmes e séries na minha lista. A priori, costumo ver por causa de determinado/a ator ou atriz. Depois de uma overdose de Richard Gere (Noites de Tormenta, As Duas Faces de Um Crime, Uma Linda Mulher e Sempre ao Seu Lado - vejam todos, por favor!), resolvei procurar por filmes do meu ator sueco favorito, Michael Nyqvist. E dei de cara com o inquietante A Garota do Livro.

Título Original: The Girl in the Book
Ano: 2015
Elenco: Emily VanCamp, Michael Nyqvist, Ana Mulvoy Ten, David Call e elenco.
Duração: 1h26m

A Garota do Livro conta a história da assistente editorial Alice Harvey, uma mulher que possui muitos conflitos em seu interior. Seu trabalho consiste em encontrar novos talentos da literatura (que, nos EUA, nem preciso dizer que vende como pão quente). Ela batalha com seu chefe para que ele leia um determinado manuscrito. Só que o chefe (FDP) lhe passa uma tarefa: cuidar da divulgação de "O Despertar", um best-seller que, pela primeira vez, ganharia uma edição digital. Até aí tudo bem, se Milan Daneker não tivesse seduzido (abusado de) uma Alice de apenas 14 anos.

Milan Daneker é best-seller de longa data e "O Despertar" é sua masterpiece. Logo no primeiro reencontro entre os dois, Alice tenta se esconder, mas não adianta. Ele, com sua lábia, acaba trocando algumas palavras com ela. E logo vêm à mente da moça a lembrança de como se conheceram. Em uma festa, através do pai de Alice, que era amigo de Milan e editor literário.

Conforme ela vai cuidando da divulgação do e-book, as lembranças de sua relação com Milan surgem de maneira rápida. Como o telefone dele foi parar em sua agenda, os encontros às quintas-feiras, onde discutiam os escritos da adolescente e o que ela fazia ou deixava de fazer na escola, os primeiros assédios... Ah, faltou dizer que Alice sonha em ser escritora, mas, mesmo sendo filha de editor e assistente editorial, nunca conseguiu escrever alguma coisa.
Como eu disse lá no início, eu resolvi assistir a esse filme mais pelo ator do que pela história. Tenho o hábito de procurar comentários dos filmes que vejo no Filmow (que é mais legal que o Adorocinema), e apesar de alguns spoilers terem escapado, percebi que a maioria achou o filme raso quanto à abordagem do abuso sexual. Mas eu tive que discordar de muita gente. Pelo que percebi o foco não era no abuso em si e sim nas consequências que isso trouxe na vida adulta de Alice.

Ela não conseguia escrever, nem se estabilizar num relacionamento. Temia o pai, um cretino cujas ordens ela não ousava rebater (nem quando o assunto era comida), não confiava na mãe (essa eu odiei com toda a força do meu ser) e, mesmo tendo um emprego legal, não era ouvida pelo chefe, se sentia um lixo. Não ia bem nem nas aulas de escrita criativa. E quando conheceu Emmett, colocou tudo a perder. Tudo por culpa de um maldito abusador - na sinopse da Netflix está escrito que o cara "seduziu" a jovem, mentira, foi abuso mesmo.

Pelo que pesquisei, é um filme independente, então não esperem ação, é um exemplo de filme de arte. Sobre as atuações: Emily VanCamp (de Revenge), a Alice adulta, foi espetacular em seu papel, deu um show. Convincente até o último fio de cabelo, Emily representou uma Alice tão forte quanto um castelo de areia, mas que foi amadurecendo e aprendendo a lidar com o que aconteceu, mesmo com essa mancha em seu passado tendo voltado à tona com tudo.
Melhor amizade.
Já Michael Nyqvist (o único editor possível para a Millennium) me surpreendeu. Tirando seu papel nos filmes da trilogia, só vi duas produções com ele: De Volta ao Jogo, em que ele é um vilão russo que sai matando todo mundo, além de uma participação de 10 minutos no filme "Invasão de Privacidade", em que ele precisa livrar a casa do Pierce Brosnan de um hacker. Aleatório: assisti De Volta ao Jogo muito antes de Os Homens que Não Amavam as Mulheres e não me liguei que o russo e o jornalista eram a mesma pessoa. O que uma barba não faz... Voltando ao filme, que atuação! Como o best-seller Milan Daneker ele convenceu demais, a ponto de eu ficar aflita toda vez que ele ficava a sós com a menina.

Uma salva de palmas vai para Ana Mulvoy Ten. Guardem este nome. A jovem atriz foi incrível como a Alice adolescente. Apesar de ela parecer meio sonsa de início, você vai torcer por ela quando Milan começar a visitá-la. Como Alice é quieta e Ana tem cara de tímida, deu certo, acabou lembrando a Lolita, de Nabokov. Pelo que pesquisei, ela não tem tantos papéis na carreira, mas ainda é jovem e talentosa, logo menos ouviremos o nome dela em grandes produções.
Como eu disse, esse filme me deixou aflita. Ele nos faz refletir, é inquietante, nos lembra de Lolita, fala de abuso (e pedofilia, tendo em vista que ela era menina) e como isso dilacera a mente e a alma da pessoa, principalmente se falta apoio daqueles que cercam a vítima. Mostra também um pouco de como funciona uma editora (é bem raso, mas válido) e o mais importante: como funciona a mente de um pedófilo, sempre moldando os fatos a seu gosto.

Então, por favor, deem uma chance a esse filme e assistam - e depois venham conversar comigo, eu preciso falar com alguém sobre essa história.

P.S.: o abuso que Alice sofreu começa quando ela toma uma certa decisão - absurda. E, acreditem: nem assim, nem em nenhuma outra situação, a culpa é da vítima. Jamais. Podem ter certeza.
– Você é a garota do livro?
– Não sou mais.

Olá!

Mais uma dica de filme maravilhoso e de arte aqui no blog!! O Garoto de Ouro é um daqueles filmes que te fazem refletir, ao mesmo tempo em que se diverte. Sem falar que, de tão bom, nem parece que é derivado de um livro. Espero que gostem da resenha d'O Garoto de Ouro.

Ano: 2014
Título OriginalPojken med guldbyxorna
Elenco: Lukas Holgersson, Shanti Roney, Olle Krantz, Nina Sand, Jimmy Lindström.
Duração: 1h39m

O Garoto de Ouro conta a história de Mats Nilsson (Lukas Holgersson), que após ser largado na casa do pai, acontece algo incrível: um dia, encontra um par de calças na rua. Ele acaba vestindo, pois as suas estão sujas. E cada vez que ele colocava a mão no bolso, saía dinheiro. Ele escondeu isso de seu pai, o jornalista Torken Nilsson (Shanti Roney). Só quem sabia era seu melhor amigo David (Olle Krantz), e Livli (Nina Sand), uma garota que ele conheceu no cemitério onde fazia bico.

Outra pessoa que ele vai conhecer nessa história é o Zeke (Jimmy Lindström), um morador de rua. Eles se conhecem de um modo esquisito: Mats, de bicicleta, quase atropela Batman, o cãozinho de Zeke.
Mas é claro que a calça tem dono. E o dono não é a pessoa mais honesta da Suécia. E a aventura de Mats, David e Livli só começa...

Bom, mais um filme maravilhoso que espero que esteja disponível na Netflix (vi no trabalho). Esse filme é baseado no livro "Pojken med guldbyxorna" (O menino das calças de ouro, em sueco), escrito por Max Lundgren (1937-2005). Até aí, só mais um filme derivado de livro. Mas, no intervalo da primeira publicação do livro, em 1967, até esse filme, houve uma série de TV, de 1975. 
Livli!
Sim, é claramente um livro infantil. Mas a mensagem que ele transmite é tão legal que vale a pena toda a família assistir. Ultimamente, ando consumindo muitas coisas made in Sweden, em sua maioria clássicos, como a trilogia Millennium, do jornalista mito Stieg Larsson (1954-2004), ABBA e Roxette, há algum tempo vi o filme "Minha Vida de Cachorro" (tem na Netflix), que também é derivado de um livro... E é uma pena que a Suécia fique tão longe daqui, porque eles têm coisas incríveis a mostrar quando o assunto é cultura.

Voltando ao filme, Mats é só mais um garoto entre tantos, mas, depois de passar por uma situação de bullying, precisa trocar de roupa. Ele e seu amigo David resolvem procurar algo para vestir no meio de um monte de roupas que estavam destinadas à doação. Mats encontra a tal calça e resolve vesti-la. E, ao colocar a mão em um dos bolsos, sai dinheiro. E, enquanto os garotos tiravam as notas, os bancos suecos sofriam grandes perdas.
Aleatório: suspirando pelo Torkel...
Torken, o pai de Mats, não era o melhor dos pais. Logo no início do filme, a mãe larga o menino na porta do pai, como se fosse um saco. Susanne, a mãe, simplesmente se cansou da criança e a deixou aos cuidados do pai. As calças, por incrível que pareça, unirão pai e filho. Enquanto isso, Torken vai pesquisando sobre um certo William Otto, que enriqueceu da noite pro dia após a morte do irmão...

Mas o garoto é de ouro não por ter encontrado a peça e, teoricamente, ter ficado rico. E sim o destino que ele deu a grana que ia tirando. Primeiro, comprou um monte de brinquedos. Até aí tudo bem, inclusive, eu também compraria. Depois, ele e seus amigos David e Livli - que apareceu na história pedindo uma mala de dinheiro - começaram a doar a grana para várias instituições ao redor do mundo. O que mostra como as crianças ainda têm bondade no coração.

Sobre o elenco e fotografia: mais que aprovados! As paisagens suecas são maravilhosas, os atores interpretaram muito bem seus papeis e a curiosidade é que um dos policiais que aparece no filme foi o Mats da série de TV lá de 1975; achei bacana. Ou seja, O Menino de Ouro é aquele filme - de arte - que você pode ver no fim de semana acompanhado da família, porque é super legal!!

E pra encerrar, deixo o trailer legendado, pra vocês terem ideia do que esperar do filme. Espero que tenham gostado e, se puderem deixar outras dicas de filmes do gênero, usem o espaço dos comentários!!




Olá!

Como vão nessa véspera de feriado? Espero que contando as horas para mais um feriado emendado (pra quem conseguir, claro!). Então, aproveitando que mais um feriado vem aí, trago para vocês a resenha de um filme que o mundo precisa assistir! E a melhor parte é que tem na Netflix. Estou falando do "O Segredo dos Seus Olhos", filme argentino vencedor do Oscar de melhor Filme Estrangeiro em 2010 e dirigido por Juan José Campanella.

Título Original: El Secreto de Sus Ojos
Ano: 2009
Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Guillermo Francella, Javier Godino, Carla Quevedo e grande elenco.
Duração: 2h9m

O segredo dos seus olhos começa a chegada da juíza recém-formada Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), para trabalhar na jurisdição de Benjamin Espósito (Ricardo Darín) e Pablo Sandoval (Guillermo Francella). Irene é a chefe de Benjamin. Logo de cara, o primeiro caso deles é o de Liliana Colatto (Carla Quevedo), que foi violentada e assassinada. 

Benjamin, que é oficial de justiça, conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da vítima. Espósito se afeiçoa ao caso e promete a Morales que vai fazer o possível para encontrar o assassino. Para isso, contará com as ajudas de Sandoval, que é seu melhor amigo, e Irene, que além de ser sua chefe, é seu grande amor.

O crime aconteceu em 1974. Passam-se 25 anos e Benjamin está aposentado. Ele resolve escrever um livro, pois as memórias referentes ao crime jamais se apagaram. Muitas lembranças são evocadas ao longo do filme, para contar o abuso que Liliana sofreu, ao mesmo tempo em que mostra os abusos da Justiça, e até mesmo a vida que Benjamin e Irene viveram nesse intervalo.

Após a morte de Viviana, muitas coisas acontecem. Sandoval, além de ser um alcoólatra incorrigível, mostra-se um grande amigo. E inteligente também, porque, até então, ele era só mais um daqueles funcionários chatos, que davam desculpas esdrúxulas (e engraçadas) para não trabalhar, mesmo sendo amigo do Espósito. Logo de início, dois acusados são presos pelo estupro seguido de morte. Porém, ambos são inocentes; foram torturados para poder confessar. A partir daí, de uma foto e de um elenco de time de futebol, nascerá uma trama que surgirá para abalar vários personagens, em um misto de emoções, surpresas e até mesmo uma grave descoberta.

Estou apaixonada por este filme! Ele é uma releitura do livro "La Pregunta de sus Ojos" que infelizmente não tem em português. Eu vim saber da existência desse filme no meu trabalho (que, aliás, voltei para lá depois de dois meses desempregada). Eu estava lendo o livro do Sensacionalista (logo trago resenha) e tinha a seguinte matéria:
Adendo: tem um post mais engraçado ainda, apenas cliquem rs: Sensacionalista | Papa sobre Santoro como Jesus: preferia o Darín

Claro que, até então, não fazia ideia de quem era Ricardo Darín, lá vou eu pesquisar no Google para entender a piada. Achei que tinha entendo. Fui trabalhar e qual a surpresa? Tinha que ver O Segredo de Seus Olhos. E ele é o ator principal. Me apaixonei sim ou claro? Óbvio que, depois de ver o filme, eu fui entender (de verdade) a matéria do Sensacionalista: o cara tá em todas porque é bom! Não só ele como a Soledad (Irene) fazem um casal incrível, empenhados em colocar o acusado de matar Liliana na cadeia, ao passo que precisam driblar seu sentimentos (sim, tem romance também!). 
Uma coisa que costumo fazer é ler as críticas das pessoas que viram os filmes antes de mim (faço isso com todos os filmes que vejo no trabalho). Com este não ia ser diferente. E, lendo uma das críticas, fui obrigada a concordar com o autor da crítica. Não vou lembrar com exatidão, mas a mensagem era: enquanto os brasileiros tentam copiar Hollywood e vender, a Argentina faz filmes com boas histórias, mais preocupado em fazer as pessoas pensaram. 

E é verdade. Brasil tem mania de copiar o que vem de fora, não à toa, só um em cada 10 filmes nacionais realmente prestam (e não adianta dizer que é complexo de vira-lata porque não é). Dos filmes mais falados recentemente, quantos realmente são bons? Talvez o "Que Horas Ela Volta?" e só. Já vi inúmeros nacionais e sabem de quantos eu gostei? Uns cinco e olhe lá: Cidade de Deus, Se Eu Fosse Você 1 e 2, Flores Raras. Tem também o Central do Brasil e o Que Horas Ela Volta?, que ainda não vi, mas dizem que é bom. Sério, é a minha opinião, enquanto o Brasil não fizer filmes pra gente pensar, só vai sair coisa ruim. Logo, esses que eu citei foram os mais falados internacionalmente. E ainda tem Tropa de Elite 1 e 2, que não vi, mas li o livro (é dividido em duas partes, mas só a primeira é boa). 

Voltando ao filme, preciso falar para vocês que, apesar do baixo orçamento (salvo engano, custou só cinco milhões de dólares), o filme é muito bem feito, muito real. As cenas são todas eletrizantes e, pra quem gosta de analisar planos de filmagem (americano, geral, médio, etc.), TEM QUE prestar atenção na cena do jogo de futebol. Spoiler: o plano-sequência mais bem feito que vi na vida!
Você diria não a este homem?
Portanto, aproveite esse feriado e não deixe de assistir esse filme maravilhoso, com uma linda mensagem - já disse que tem na Netflix? - e que tem atores de altíssimo nível! E vou deixar os quotes mais fortes do filme para que vocês possam ter ideia do que esperar! Ah, e tem a versão de Hollywood desse filme, o Olhos de Justiça, com Nicole Kidman e Julia Roberts. Eu dispenso, mesmo adorando a Julia, mas se vocês já viram, me contem o que acharam.
"Os olhos... falam! Os olhos falam demais. Melhor que se calem! Às vezes é melhor não olhar!"
"Como viver uma vida vazia?? Como viver uma vida cheia de nada? Não pense mais no que aconteceu, senão terá mil passados e nenhum futuro."
"O homem não pode mudar suas paixões, Espósito! Pode mudar tudo, mas não se muda de paixão!"


PS: fique à vontade para discordar de mim. Caso você conheça algum filme nacional que seja bom, pode deixar nos comentários, vou adorar saber novos pontos de vista!