Olá!

Hoje eu trago a resenha de um livro lindo, fofo, delicado e que me fez viajar para longe... Amor & Gelato é o livro de estreia da meio americana, meio italiana Jenna Evans Welch. Vamos conhecer esse livro enquanto damos uma volta de scooter e comemos gelato?
SKOOB - Amor & Gelato conta a história da jovem Lina, que, com apenas 16 anos está enfrentando uma barra muito pesada: a perda da mãe para o câncer. Porém, antes de morrer, a renomada fotógrafa Hadley Emerson fez a filha prometer que iria para a Itália. E claro que ela não iria, o que diabos perdeu lá. Foi aí que Hadley contou que o pai de Lina vivia lá, exatamente em Florença. Depois de muito relutar (e da mãe falecer), Lina decide ir para tal cidade, para conhecer Howard, que, segundo Hadley, teria as respostas às perguntas da jovem. Howard é americano, mas mora em Florença há bastante tempo.

Chegando na casa de Howard - que ela julga ser seu pai - ela se assusta. Porque ele mora num cemitério. Isso mesmo. Ele cuida de um cemitério, mas não de um qualquer e sim de um em que estão enterrados muitos soldados americanos. Mas um cemitério é um cemitério, rs. Lá ela conhece Sonia, administradora do lugar, uma simpatia de pessoa, que vai entregar a ela um diário, que fora enviado pela mãe.

Lina não quer nem saber de diário, a dor da perda é algo que ela ainda não consegue lidar. Para tentar se habituar ao lugar, ela resolve correr pelas redondezas, e aí conhece Lorenzo Ferrara, o Ren, que mora numa casa de doces - a casa tem esse nome porque lembra uma casa de doces, rs. Sendo 50% italiano (os outros 50% são americanos), será com Ren que ela vai conhecer Florença, Howard, seu passado e até mesmo o primeiro amor.
Você disse Itália? Por mais que Florença fique na Toscana e Solarolo (terra da Laura) fique na Emilia-Romagna, não tinha como eu não incluir meu ídolo máximo neste post. E o nome da música é a data de nascimento dela. Que poder.
Me interessei pela capa de Amor & Gelato antes mesmo de saber do que se tratava. É um desenho lindo de gelatos numa capa de textura muito gostosa. Decidi então arriscar nessa leitura tão maravilhosa, delicada, sensível e muito, mais muito linda. Lina, apelido de Carolina, é muito ligada à mãe, e a perda então, é imensurável. Sua melhor amiga, Addie, é quem a traz de volta à vida, a faz se sentir bem. E Ren é o que Lina terá de mais próximo de Addie na Itália. Ele é um doce de pessoa, meio italiano, meio americano e se darão bem logo de cara.

Howard Mercer conheceu a mãe de Lina quando ambos estudavam na escola de artes de Florença, ele estudando História da Arte, ela estudando Fotografia, a contragosto dos pais, que queriam que ela voltasse aos EUA para estudar enfermagem. Ele é um cara bem legal, assim como Sonia, que precisou esclarecer que não era esposa de Howard. São dois amigos incríveis, sempre pendentes um do outro.
Minha Lucy também tem uma scooter! Não, pera...
Não direi mais nada, só sei que Jenna Evans Welch ganhou mais uma fã. A autora se inspirou numa amiga para criar a história de Lina. Essa moça realmente existiu e morou num cemitério americano em Florença (onde Jenna morou por um tempo). Sua escrita cômica sem ser forçada leva o leitor a conhecer diversos pontos da cidade que fundou a Renascença, tendo como guias turísticos Lina e Ren, tendo como base o diário que Hadley deixou.

Mas como todo livro adolescente, os jovens também têm suas próprias tretas, como Mimi, uma crush de Ren, que me deu vontade de quebrar a cara, mesmo ela sendo uma Modelo Sueca linda e maravilhosa, ou o Thomas e seu Sotaque Britânico, que está super afim de nossa mocinha. Também quis quebrar a cara dele em dado momento. Por ser um livro jovem, a escrita (além de cômica) é bem tranquila, de fácil entendimento, mas sem ser rasa, pelo contrário, tem várias mensagens bacanas permeando a obra.

A edição da Intrínseca está uma delicadeza, à altura da obra de Jenna. Não localizei erros de nenhuma ordem e já disse que amei a capa? Agora fica a expectativa que a autora escreva muito mais obras e que cheguem em nosso país. Abaixo, a Intrínseca divulgou um vídeo exclusivo em que a autora fala um pouco mais da obra.

"Eu tomei a decisão errada."





Olá!

Terminar uma série que nós gostamos tem dois lados: o bom, em que nos livramos de um ciclo, e o ruim, em que nos despedimos com dor no coração porque a trama e os personagens são maravilhosos. E foi exatamente isso que aconteceu com a série Amores Improváveis, da canadense Elle Kennedy, que se encerra com o quarto volume, A Conquista, que é nosso resenhado de hoje.
Resenhas Anteriores: O Acordo | O ErroO Jogo

SKOOB - Neste volume, o protagonista é John Tucker, o mais quieto - mas não menos gostoso - dos jogadores de hóquei do time da Universidade Briar. De origem humilde, ele pretende investir a grana que recebeu de herança em um negócio próprio, mas não sabe se quer ficar próximo da universidade ou próximo da mãe, que mora no Texas.

Do outro lado, Sabrina James é totalmente diferente das demais protagonistas. Dean Di Laurentis a considera uma bruxa, os demais a consideram antipática e fria, Tucker está apaixonado por ela. Sabrina tem uma vida tensa: vive com a avó, que não sabemos se gosta dela ou não, e um padrasto nojento. Não conheceu o pai e sua mãe a abandonou ainda criança. Essa barra pesada faz com que Sabrina tenha um foco: entrar em Harvard e sair da vida que leva.

E um detalhe faz a vida de Tucker e Sabrina mudar irremediavelmente. Não vou dizer o que é, mas o que não foi dito na quarta capa deste livro foi dito no último parágrafo do livro anterior, ou seja, sem querer a autora nos dá um spoiler. Só dá para dizer que, além de matarmos as saudades dos casais anteriores (sou #teamGarrett), ainda podemos conhecer um pouco mais de Tuck e sua paciência infinita.
A única coisa que não gostei desse livro foi que a autora precisou voltar no tempo para começar a história de Tucker e Sabrina, então, algumas coisas que aconteceram n'O Jogo ainda não aconteceram nesse, mas tirando isso, amo essa série e irei protegê-la. Ela é carregada de clichês, mas a escrita da Elle é tão gostosa que você devora o livro rapidinho - li em dois dias.

Mesmo os universitários americanos e brasileiros vivendo em mundos totalmente opostos, dá vontade de querer estudar na Briar, seja pelos atletas gatos, seja porque todo mundo vai se dar bem, seja pelo ensino de alto nível. Esse é mais que um motivo para mergulhar na leitura, se imaginar num universo tão diferente - e intocável para muitos - vivendo fortes emoções...

Essa série termina direitinho, sem pontas soltas, porém, uma parte do meu coração desejou secretamente que houvesse mais um livro desse universo, porque, mesmo já tendo falado dos quatro principais jogadores de hóquei (são cinco no rinque), os titulares, ainda apareceu uma galera bacanuda que merecia um livro sim. E qual minha surpresa, ao ler os agradecimentos da autora (só eu me emociono lendo agradecimentos?), Elle anuncia que... vai ter sequência!
Muita gente - eu também - não gosta quando uma série vai sendo esticada e esticada eternamente (não cansou de ganhar dinheiro?), mas tenho que admitir que amei saber que, em algum momento, vai ter mais da Universidade Briar! Só fica o questionamento se ela vai continuar focando no hóquei ou se vai pular pro futebol americano (cadê o soccer?).

Enfim, sou suspeita para falar, mas indico toda a série Amores Improváveis pra quem curte uma leitura gostosa, pra passar o tempo, leve, tranquila e engraçada - e com algumas cenas de sexo, porque ninguém é de ferro!




Olá!

Mais uma série encerrada! Com muita alegria - e uma pontinha de saudade - trago a resenha de A Coroa, último livro da série A Seleção, da Kiera Cass, uma série que, mesmo não tendo necessidade de continuação, pelo menos pra mim, foi um prazer acompanhar as histórias de América e Maxon e agora, Eadlyn, que terá que escolher seu noivo.
Resenhas anteriores: A Seleção | A Elite | A Escolha | A Herdeira
Contos grátis na Amazon: O Guarda | O Príncipe
Continuando imediatamente de onde parou o anterior, A Coroa mostra como Eadlyn está dividida. Agora ela tem sua própria Elite - pra quem não lembra, a Elite são os últimos cinco Selecionados - ao mesmo tempo que o povo não está contente ao vê-la como regente, devido a essa situação que abre o livro.

Aliás, desde que Eadlyn foi nomeada regente, tudo ficou mais difícil pra ela. O fardo é muito pesado, mas ela está bem diferente em relação ao livro anterior, onde a garota mimada e estúpida (e de Áries) amadureceu conforme as adversidades foram surgindo. E ela está com sentimentos confusos em relação aos Selecionados. Como ela viu o conto de fadas que foi a história de seus pais, ela também quer um, mas não desse jeito...

Mas, pra piorar mais um pouco, alguns Selecionados revelam segredos impressionantes, ao passo que um certo Marid Illéa brota na trama, deixando a regente cada vez mais confusa. O povo não se sente representado por Eadlyn, e ela não sabe mais o que fazer pra alegrar seus súditos.
Bem, não posso contar mais que isso porque seriam vários spoilers ao longo do texto, mas posso afirmar que, mais uma vez, Kiera finalizou esse livro com maestria. Vi várias resenhas reclamando da Eadlyn, que era mimada e etc, mas eu a entendi completamente, ela é rica, como eu disse na resenha d'A Herdeira, então não podemos esperar outras ações dela. Porém, neste volume, ela está muito mudada, mais consciente de seus atos, ainda mais depois que se tornou regente.

E essa grande mudança em Eadlyn se deve principalmente, aos Selecionados. Cada um, com seu jeito de ser, a conquistou. E a fez enxergar além de seu próprio umbigo. A família Schreave continua unida, mesmo depois de Ahren, gêmeo da princesa, ter feito uma loucura...

Também tem um pouco de política no livro, o que nos faz refletir sobre nossa própria política. Será que, no caso de Illéa, a monarquia absoluta é a melhor solução para o povo? Que tal trocar para uma monarquia constitucional? E radicalizar de vez instituindo uma república? As castas de Illéa foram extintas ainda sob o jugo de Maxon, mas o preconceito é latente, quem era das castas mais altas (Um a Três) não quer se misturar com a galera de Quatro pra baixo (interessante, não?).
Alô, Brasília!
Ainda falando de política, em uma passagem do livro, Eadlyn convida alguns moradores de Illéa, para ouvi-las (ideia de Marid), mas tudo acabou em confusão, isso porque todos queriam ser ouvidos, mas ninguém se ouvia. Até que alguém propôs eleições. Será que eleições (ou plebiscitos) são mesmo uma boa solução, seja em Illéa ou no Brasil? Aliás, lendo essa passagem, me lembrei de um plebiscito que foi feito aqui no país em 1993, quando perguntaram ao povo se queriam a restauração da Monarquia, Parlamentarismo ou Presidencialismo. Pra mim, esse plebiscito foi uma das duas vezes que o Brasil votou certo...

A outra vez que o Brasil votou certo foi... (não podia perder essa piada, rs)
Como eu já disse que sou fã dessa série, então nem preciso dizer que foi uma leitura bem gostosa, fluída, enfim, o jeito Kiera Cass de escrever young adults (acho que essa série é de YA). Mesmo com a parte política da coisa, o livro tem um final muito lindo - e surpreendente até. Inclusive, quando a trama deu a reviravolta, eu fiquei com o coração na mão, temendo que Eady fizesse a escolha errada - porque eu já tava entrando no livro pra socá-la!

No mais, a edição da Seguinte está muito bonita, pena que a modelo usada pra foto de capa estava doente. O excesso de branco da pele nesse fundo rosa não ficou nada legal - a capa d'A Herdeira, pra mim, é a mais bonita disparada - em contrapartida, não localizei erros de nenhuma ordem e a fonte confortável me permitiu uma boa leitura, mesmo estando de lentes de contato, rs.

Uma última informação: antes de lerem esse volume, recomendo pesquisar os tipos de monarquia, rs.

Olá!

O resenhado de hoje é um livro que eu só conhecia de nome e de resenhas, mas, após ler sem muitas expectativas, acabei me apaixonando pela história. Confira a resenha de Os Bons Segredos, de Sarah Dessen.
Os Bons Segredos começa com a jovem Sydney Standford junto com seus pais no tribunal, esperando para ouvir a sentença que seu irmão, Peyton, cumpriria, por dirigir bêbado e atropelar um garoto, deixando-o paraplégico.

Porém, a vida de Sydney não é lá essas coisas. Ela vive à sombra do irmão, sempre em segundo plano – ele é o mais velho – e sempre ignorada por seus pais. Syd está tão cansada disso que resolve mudar de escola. Logo no primeiro dia, ela nota a pizzaria que fica perto do colégio e resolve comer. Lá, ela conhece Layla, filha do dono e logo de cara empreendem uma conversa bastante interessante.

Logo depois, Sydney conhece Mac e Rosie, irmãos de Layla, e seus amigos, Irv e Eric, além dos pais de Layla, senhor e senhora Chatham. Uma família um tanto diferente. Em sua casa, Sydney se sentia um peixe fora d’água, totalmente ignorada por sua mãe, que tenta a toda custa proteger o filho e não consegue admitir que ele cometeu um crime (depois de uma série de infrações); já seu pai é um completo bundão: se falou cinco frases no livro todo foi muito, já que ele é conhecido por ser um homem calado. O amigo da família, Ames, é um cara sinistro, sério.
E é na família Chathan que Sydney descobrirá o que é uma família de verdade, mesmo eles vivendo em um mundo próprio, onde há amizade, carinho, confiança, sem falar que o coração de nossa protagonista vai bater mais forte por um certo rapaz...

Sempre vi muitas resenhas positivas a respeito dessa obra - e da escrita da autora - então, quando o vi na biblioteca, não pensei duas vezes. E não me arrependo. As 403 páginas foram devoradas em algumas horas de um sábado nublado. Isso porque a escrita da Sarah é gostosa, fluída e nos faz virar a página descontroladamente.
Sydney é uma garota legal, obediente, certinha, sem vícios. Mas ainda assim recebe toda a carga do que a família está passando. Está sofrendo uma culpa que não é dela, mas não é isso que os pais veem. Aliás, queria muito entrar no livro e socar a mãe dela, por todas as decisões absurdas que tomou contra a menina. O fardo é demais para a pobre Syd, mas até que me identifiquei com ela nessa história de ser invisível.
Sydney é a mais nova, eu sou a mais velha, mas isso é só um detalhe. Também já passei por invisível (na verdade, ainda passo, dependendo de onde estou), mas não porque tenho um irmão preso (não tenho, não se preocupem), mas porque meus dois irmãos menores sempre precisaram de mais atenção do que eu. Minha irmã do meio é autista (não preciso dizer mais nada) e o mais novo tem problemas respiratórios, o que exige atenção redobrada dos meus pais. A mim, só resta ficar no canto e não causar problemas. Hoje é mais tranquilo, mas quando eles eram bebês, era mais complicado, eu nunca incomodava...

Layla é super cheia de vida! Alegre, autêntica e tem um ritual esquisito na hora de comprar e comer batata frita. Ela vive pegando no pé do Eric. Eric, Mac, Ford e Irv tinham uma banda. A família Chathan era dona da pizzaria Seaside, que, não era como a pizzaria que Syd frequentava na escola anterior, que vivia cheia, mas tinha uma excelente pizza. Então, um dos bons segredos da protagonista era a família Chathan.
Bom, a capa feita pela Seguinte, selo da Companhia das Letras, é muito linda, só que o nome da autora está muito grande, o que tira um pouco do brilho, já que, antes de você olhar para o carrossel (ou realmente reparar na imagem), o nome da autora aparece e recebe todo o foco. Mas, olhando a imagem com detalhes, o carrossel é lindo - e condizente com a trama.

A edição está muito bem feita, sem erros, e fonte confortável mais folhas amarelas garantem uma boa leitura, minha miopia (que aumentou mais um pouco) agradece. Sarah e suas personagens humanas ganharam meu coração, agora estou aceitando mais sugestões de obras dela - deixem nos comentários se conhecerem alguma!


Olá!

Mais uma resenha de livro que me faz viajar! O Acordo é o primeiro livro da série Amores Improváveis (Off-Campus), da canadense Elle Kennedy, em que aparentemente temos os já famosos universitários ricos vivendo uma vida louca (e que muitos brasileiros nunca tiveram/têm/terão). Esqueça esse detalhe e vem conhecer a história de Hannah e Garrett.
O Acordo começa com Hannah Wells sendo a única aluna da classe a tirar 10 em uma prova de Ética Filosófica. Até aí tudo bem, mas ela pensa mesmo em Justin Kohl, um colega de classe que mal sabe da existência dela. Isso porque ele faz parte do time de atletas da universidade onde estudam.

Garrett Graham, astro do time de hóquei da mesma faculdade, faz parte dos setenta por cento dos alunos que foram mal (os outros 29,9% foram razoáveis e só Hannah é aquele 1% da nota máxima). E se ele mantiver a nota vermelha, está fora do time.

Sabendo que precisa ir bem na prova de recuperação, Garrett começa a perseguir Hannah (mas no bom sentido, não a assedia nem nada) para que o ajude com a matéria. Como Hannah faz parte da massa de alunos comuns que são tão retratados nos filmes, imediatamente o rejeita. Mas ele insiste tanto (chato demais) que ela acaba aceitando, só para que pare de azucriná-la. Sinceramente, se eu estivesse no lugar de Hannah, já tinha socado ele, de tão irritada que ficaria.

Mas como não sou Hannah, ela topa dar aulas para ele. Com a condição de que ele a ajudasse a conseguir um encontro com Justin Kohl. Como Garrett é o capitão do time e astro, portanto tem todas as garotas desejando ficar com ele. O que de início incomoda Hannah. Mas a relação toma rumos incríveis.

E nem tudo são flores para eles. Hannah, quando mais nova, foi estuprada. Até aí, tragédia, mas depois a família, por questões que são explicadas mais pro fim, acaba praticamente falida, então ela se vira nos 30 pra poder se manter na faculdade. Enquanto isso, Garrett é filho do lendário Paul Graham, multicampeão no hóquei. Legal, né? Mas ele é agressor de mulher. Batia na mãe de Garrett e nele também. Fazia de tudo para que o filho fosse bom no hóquei. Mas agora o filho quer superá-lo.

Durante as aulas, Hannah ficará dividida entre sua vontade de conhecer Justin e o carinho (será mesmo que é só carinho?) que passou a ter por Garrett. Será mesmo que o astro garanhão do hóquei vai se interessar pela simples garçonete com um passado dramático?

Gente, que livro lindo!!!! Eu lembro que li umas duas resenhas dele - sendo uma no blog O Outro Lado da Raposa, mas perdi o link - e logo adicionei na lista de desejados. Então, aproveitando um dia que eu tinha salário e tinha ido à livraria para comprar um CD (e comprei, inclusive) e aí fiquei louca ensandecida e o comprei. Demorei um pouco para ler, até cheguei a me arrepender, achando que seria mais uma daquelas histórias fúteis de jovens americanos universitários que tanto me irritam. 

Que nada. Logo de cara, Hannah já conta que foi violentada. Fiquei com dó dela. Apesar de ser um fato triste, foi justamente isso que me prendeu à história. O casal Hannah (que ganhou o fofo apelido de Wellsy) e Garrett é muito bonito justamente por ser um casal que se prende aos detalhes. Claro que, por ser um livro com conteúdo adulto, vai ter cena de sexo sim como resolução de problemas. 

Como eu nunca sei a diferença entre um young adult e um new adult, digamos que é um adult muito bom, primeira vez que leio algo da Elle Kennedy e já gostei. Pra variar, esse é o primeiro livro de uma série. A série Off-Campus tem três volumes e o próximo é O Erro, a ser lançado pela Paralela, tendo Logan, melhor amigo de Garrett, como protagonista.
Sobre o trabalho da Paralela: muito bom, não achei erros de português, a capa é bonita (mais que a original, que é a imagem de um abdômen). Só duas coisas me incomodaram, a capa maleável demais e nas falas não tinha travessão. Foi adotado o método americano (ou francês, não vou lembrar) de, nas falas, ao invés de usar travessão, usa-se aspas. Ou seja, tinha fala "flutuando" no parágrafo. Não atrapalhou, mas também não ficou bonito. A história é narrada em primeira pessoa, sob os pontos de vista de ambos.

No mais, acho válido arriscar a leitura. A Elle escreve muito bem e espero que as outras séries dela (são mais duas, segundo o Goodreads) venham para o Brasil também. Se você tiver tempo sobrando, lê em dois dias, de tão gostosa e fluída que é a leitura. Um livro que, mesmo voltado para os jovens, todos devem ler, tem várias lições bonitas.


Olá!

O resenhado de hoje é um livro que vi umas duas ou três resenhas na internet e disse "quero!". Não sei como classificar: se é chick-lit ou romance mesmo. Mas tem cupcakes. Então pegue sua sobremesa favorita e vem conferir a resenha de Delícia, Delícia, da best-seller Donna Kauffman.

A história começa nos apresentando Leilani Trusdale, uma pâtissière que largou tudo em Nova York para morar na ilha de Sugarberry. Ela abriu uma confeitaria especializada em cupcakes. O que surpreendeu a todos, pois ela tinha um alto cargo na restaurante de Baxter Dunne, um confeiteiro famoso. Mas ela largou tudo porque não aguentou as fofocas que seus colegas fizeram a respeito de sua vida pessoal. Como ela trabalhava com Dunne, os boatos que corriam era que eles tinham um caso. É mentira, claro.

Até que o próprio resolve aparecer na cozinha da confeitaria enquanto Lani estava decorando cupcakes para um evento e ao mesmo conversava com sua amiga Charlotte pelo telefone. A proposta de Baxter para ficar perto de Lani era trazer seu programa de culinária para a confeitaria dela. Claro que ela não queria. Queria ficar o mais longe dele possível. Mas, no fundo, o amava e o queria, mas sabendo que seus sentimentos não seriam correspondidos, resolveu se isolar numa ilha no oco dos EUA.

Por questões do momento, Lani acaba aceitando a proposta de Baxter. A pequena ilha ficou alvoroçada com a ilustre presença, principalmente dona Alva, a fofoqueira número 1 do lugar. Prestem atenção nela, uma idosa hilária. Mas, com o tempo, o contato entre Baxter e Lani se torna inevitável. Com a presença da televisão, vai ficar cada vez mais difícil para Lani se esconder o que sente. Mas ela não vai abrir mão de Sugarberry e ele quer voltar para NY. Um dilema bem difícil que percorre todo o livro.
Adorei a fonte!!!
O que dizer desse Clube do Cupcake que mal conheço, mas já considero pacas? A Valentina acertou em trazer essa obra para o Brasil, é um livro alegre, bem escrito e ainda tem comida. Como não amar? Nossa protagonista, antes de largar sua boa vida e ir parar em Sugarberry, sofreu muito: além das fofocas, perdeu a mãe e quase viu o pai morrer. Ela trabalhava no restaurante 5 estrelas de Baxter e fazia muito bem seu trabalho, mas nem isso a impediu de correr atrás de seu sonho. Estritamente profissional, ficou muito magoada quando Baxter não se pronunciou a respeito dos boatos, esse também foi um motivo de sua saída.

Baxter Dunne, lindo e maravilhoso é um confeiteiro bem sucedido. Mas, por trás de seus sorrisos, está um cara que teve uma vida muito difícil e que nunca entendeu porque Lani largou tudo para ir. Ele gostava dela, mas nunca tentou nada porque o profissionalismo dela não deu aberturas. Seu programa de culinária era um sucesso e ele resolveu levar seu set até Lani. Mas como fazer isso com a permissão da emissora de TV? Simples, faria o programa percorrer os Estados Unidos.

A história é muito bem escrita, com personagens maravilhosos - além da dona Alva, Charlotte e Franco (amigos de Lani de NY) ainda tem Dre, sua assistente e o xerife Trusdale, seu pai, que mesmo com um pé atrás com Baxter, tem um bom coração. O livro pincela também como é a gravação em um programa de culinária. Prestem atenção em Riley Brown, ela vai aparecer rapidamente, mas vai deixar sua marca.

Esse é o primeiro livro da série Clube do Cupcake, que tem quatro livros. Pelo que li no site da autora, os livros são independentes, então, o grande protagonista é a ilha de Sugarberry, que aparenta ser um lugar mágico. A Valentina, até o momento, não se pronunciou se vai trazer os demais volume. Tomara que traga, mas que não inventem de usar folhas brancas. Só encontrei um erro de português tão grave que tive que postar no meu Instagram pessoal, para não constranger as pessoas que dominam o idioma. Além disso, folha branca e fonte Times 14 dá um pouco de aflição, pois, chega uma hora que as letras começam a dançar na folha, rs.

Tirando isso, o livro é muito legal, li as 296 páginas em um dia e parte da madrugada. De bônus, a autora colocou receitas de cupcake e coberturas, aparenta ser gostoso. Não conhecia a Donna, mas já gostei de sua escrita, sem pontas soltas e com bastante humor. Recomendo demais a leitura e nas férias, caso eu não esqueça, pretendo fazer as receitas.


Olá!

A postagem de hoje é diferente. No mês retrasado, eu conheci o Turista Literário através do Instagram de alguma blogueira cujo nome não vou lembrar. Como eu tinha perdido a data de inscrição de novos pedidos, precisei virar o mês. Aí quando chegou o dia primeiro de julho, fiquei pendurada na internet pra poder fazer meu pedido. Consegui e, semana passada, o kit chegou. Agora é hora de conhecer um pouco mais sobre o Turista Literário.
O Turista Literário, em resumo, foi criado com o objetivo de fazer com que o leitor tenha uma experiência sensorial. Que o leitor não apenas leia, mas que viaje, que mergulhe na história. O foco do Turista são os YA. Bem, a caixa finalmente chegou - claro que ela chegou bonitinha, mas precisei abrir, rs. E logo que a abri, me surpreendi com os mimos e com a delicadeza com que eles foram feitos e embalados. Eu até esperava uma caixa menor, como um livro não é tão volumoso, achei que a malinha seria tipo aquelas de mão, mas não, veio uma bela caixa.
E tudo isso veio dentro da caixa: dois cartões postais. O cartão que tem o balão tem um recadinho das curadoras do Turista, Priscila e Mayra (salvo engano, são irmãs). O outro veio da editora, a Darkside, mostrando onde se passaria a história - Maine, EUA. Veio também um potinho de balas, uma vela aromática, o marcador de páginas, o passaporte (de capa azul) e o guia de viagem (o de capa laranja), além de uma capa para almofada, que ainda não tive a coragem de usar.

Junto com o guia, veio esse selo super fofo, pra gente ir colocando no passaporte sempre que receber a malinha. Só não sei se o leitor que preenche todos os espaços do passaporte ganha alguma coisa. eu já colei o meu selo e estou apaixonada por ele. No estado do Maine tem pinheiros mesmo, rs.
Essas coisas super maravilhosas são: o baleiro anti-stress do Early (não sei como se lê) e uma vela aromática (que acho que deveria ter cheiro de pinheiro, mas cheira a desodorante). Como podem ver, os detalhes sempre remetendo a obra em questão. As balas, por incrível que pareça, ainda não chupei, não tenho coragem, são tão lindas. E a vela vem numa embalagem pequena, como eu disse no Snap no dia que recebi, a embalagem lembra aquelas pomadinhas que as pessoas passam no corpo quando fazem tatuagens.
No detalhe, os versos dos cartões em questão, o passaporte, o guia e a capa para almofada. Na capa, a mensagem "Você precisa procurar pelas coisas que nos conectam". Eu e a Ana, do Entre Chocolates e Músicas estivemos debatendo ao longo do mês sobre a surpresa, até que ela disse que a Darkside retuitou um tweet do Turista Literário; pra ela, nosso primeiro livro seria dessa editora. E não é que ela acertou? Então, peço encarecidamente às editoras que NÃO repostem, retuitem, compartilhem, curtam os posts do Turista, quero ficar curiosa até o último minuto!
Por fim, o livro!!! Em Algum Lugar nas Estrelas, de Clare Vanderpool. Admito que ainda não li sequer uma sinopse dele, mas foi de propósito mesmo, quero ler sem expectativas. Dei uma folheada nele e, pasmem, o trabalho da editora está lindo!!! O livro é de capa dura e dentro dele veio um disco de papel (que eu, burra, não tirei foto) que não sei pra que serve, mas foi tão bem desenhado que nem dá vontade de mexer!

Ah, tem também a playlist que acompanha o livro, mas vou colocar no fim do post, pra não poluir aqui. Tem bastante música boa e Ella Fitzgerald - que muita gente ama, mas cuja voz eu não suporto. Tenho meus motivos para isso, ok?

Em suma, a proposta do Turista Literário é surpreender o leitor com uma malinha personalizada para imergir o leitor numa experiência única, fazendo com que quem leia praticamente viaje junto com os protagonistas. No meu caso, parte da experiência foi cumprida com sucesso, pois a malinha me surpreendeu. 


Lembrando que, as inscrições para garantir sua malinha sempre abrem no primeiro dia de cada mês - e segundo as curadoras, as vagas sempre lotam. Há duas opções de compra: assinatura (que você assina e garante a sua automaticamente todo mês) e avulsa (que todo dia primeiro você precisa comprar). Eu escolhi avulsa, para saber como era. Por mim, já teria assinado. Mas como tenho uma mãe que gosta de reclamar toda vez que compro livro, preferi a modalidade avulsa. 

Os preços são R$79,90 (assinatura) e R$84,90 (avulsa) com frete fixo de dez reais para todo o Brasil. Então, sim, recomendo que assinem o Turista Literário, pois, mesmo com a ansiedade para receber o livro (que só chega no fim do mês) você se surpreende - e dificilmente reprova o livro recebido.

Falei demais, portanto marquem na agenda o dia primeiro de setembro para não perder a chance de garantir sua malinha. Se, daqui pra lá eu não perder meu emprego, pode ser que eu assine o serviço. Fiquem com a playlist de Julho do Turista Literário!





Olá!

Hoje é dia de trazer uma resenha de um YA que vai mexer com a consciência de muita gente. Profundo, escrito por Robin York, tem uma mensagem forte a ser transmitida. Leiam a resenha e prestem atenção.
Profundo vai contar a história de Caroline Piasecki, uma jovem de classe alta, que teve seus nudes divulgados na internet pelo seu ex-namorado. A história vai começar quando West Leavitt dá um soco em Nate (ex da Caro) no meio do corredor, porém, Caro também acaba sendo acidentalmente agredida por West. Ele é a primeira pessoa que a defende publicamente após a divulgação das fotos.

West Leavitt é um cara que a sociedade considera como "errado". Vende maconha, tem um estilo de vida suspeito, mas é um bom aluno, além de possuir vários empregos. Eles se conhecem quando Caroline chega ao alojamento da universidade, logo no início do curso. Aliás, Caro estuda direito, quer ser uma advogada importante, como seu pai.

O pai de Caro deixa bem claro que quer que ela fique longe de West. Ela namora Nate. Namora é modo de dizer, porque o cara é bem cretino. Ela faz as vontades dele, porque acha que o ama. Não à toa, quando o namoro finalmente acabou, suas fotos íntimas (com ele, pra deixar claro) foram parar na internet.

Quando a universidade inteira vê as fotos, o mundo dela desaba, claro. Ela vê sua futura carreira indo pro lixo, se sente uma completa vagabunda, se sente culpada. Então, ela começa uma luta sem fim para tirar as fotos da internet. Isso até trocar as primeiras palavras com West, depois de ter recebido uma cotovelada no rosto.

Logo de cara, a atração é palpável. O desejo sexual também. Caroline sabia que West tinha algo que Nate não tinha. Mas como encarar essa novidade se ela se sentia humilhada e sozinha? Claro que ela tinha uma amiga, a Bridget, mas não era a mesma coisa. Ela não tinha a quem recorrer, não contou ao pai e às duas irmãs (a mãe é falecida) e tentava sozinha apagar esse detalhe de sua vida. Mas será em West que sua vida ao menos tentará dar uma guinada, em busca da recuperação de sua vida e dignidade.

Solicitei esse livro à Arqueiro, parceira do blog. Conheci esse livro através da campanha que a editora fez junto aos blogueiros parceiros: separar um post para falar sobre pornografia na internet, que, pasmem, nos EUA é permitido - aliás, só é proibido em dois estados deste país. Sim, Caro, nossa protagonista, praticamente não tem a quem recorrer.
Uma coisa que notei no livro - e que, infelizmente é assim na vida real  - é que as fotos íntimas tinham participação do casal, ambos apareciam na foto, mas só ela foi apontada como 'a vagabunda', 'aquela que merece ser comida' e outras coisas piores que não citarei. Tipo, pro cara está tudo bem, ele apenas está transando. Não importa se é com a namorada ou com uma prostituta, ele está de boa e ela que é a errada.

Então, voltando ao livro, uma coisa que me irritou foi que, na primeira vez que Caroline foi falar com West para pedir que ele não agrida mais o Nate, ela já queria ficar com ele. Gente, eles mal se conhecem, trocaram poucas palavras no corredor e só. Achei um pouco forçado, mas depois eles acabam se tornando uma unidade. De um jeito bem interessante, aliás. Caro e West são muito diferentes mesmo, inclusive na situação financeira,  mas nem isso os impediu de se unirem.

Vale a pena também prestar atenção em Bridget, amiga da Carol, Krishna, amigo do West e Quinn, que, usando o rúgbi, criará uma forte relação com Caro. Pessoas maravilhosas!

Por ser um Young Adult (acho que a classificação é essa, partindo da premissa que os personagens estão na universidade), claro que terá cenas hot. A parte boa é que são bem escritas. A ruim é que são várias, mas nada que te faça abandonar a leitura, até porque, a leitura flui tão bem que quando você vê, acabou o livro. Principalmente nos momentos finais, quando a bomba estoura e você fica "meu Deus, pobre Caro!".

O trabalho da Arqueiro, mais uma vez, está impecável. A capa é bem bonita - em detrimento da segunda, em que o cara está com cara de doente. A moça se parece mesmo com a Caroline e a lombada rosa indica que veremos o ponto de vista dela. Provavelmente o próximo falará sob a ótica de West. Aliás, o livro é intercalado entre os pontos de vista da Caroline e do West, mas o foco aqui é ela. Porque, no próximo volume, sofreremos com West.

Falei e falei, mas esqueci de dizer o mais importante: recomendo demais a obra! É um YA que tem muito a dizer - e conscientizar sobre fotos eróticas e como a vítima pode ficar quando elas vazam na internet. Agora, vou dar uma decantada nessa série e, até o fim do mês trago a resenha do Intenso, o livro dois dessa história.