Olá!

Depois de muito relutar, finalmente terminei a trilogia da Sophie Jackson e não podia esperar outra coisa de Amor sem Medidas. Um livrão desses, bicho.

Resenhas Anteriores: Desejo Proibido | Eternamente Você (conto) | Paixão Libertadora

SKOOB - Amor sem Medidas é o último livro da trilogia de Sophie Jackson e vai contar a história de Riley Moore, que trabalha na oficina mecânica onde é sócio de Max (do livro anterior) e trabalha duro para se manter na honestidade, após passar uns meses na cadeia. Ele mora em Nova York e suas horas vagas são preenchidas com bebidas e sexo. Muito sexo.

Sua vida está nos trilhos, até que recebeu uma ligação de sua mãe, dizendo que o pai tinha sofrido um infarto. Apesar de sua relação com o pai não ser das melhores, ele pega o avião (emprestado por Carter, do primeiro livro) e volta para Traverse City, no estado americano do Michigan. A cidade lhe traz muitas lembranças, todas relacionadas a Lexie Pierce.

Lexie foi sua primeira amiga e seu primeiro amor. Eles se conheciam desde os oito anos, mas por causa de diversas brigas e muita imaturidade, acabaram por se separar. Mas parte de Riley queria muito revê-la, pois ainda não a havia esquecido. Quando os dois se encontraram pela primeira vez, eles meio que pisaram em ovos, pois as mágoas e os bons momentos do passado estavam colidindo em sua mente. Mas, ao ver um certo garotinho, seu mundo vira de ponta cabeça. Ele tinha um filho. Lexie escondeu isso dele e o deixou maluco.

Muitas coisas ainda eram confusas para Riley, como sua relação com seu pai, mas essa novidade tomaria todos os seus pensamentos. O garoto se chamava Noah e era um poço de fofura, com seus quatro anos e sua inteligência afiada. Além disso, Riley estava confuso em relação a Lexie: deveria confiar nela?

Eu já estava com saudades desse universo maravilhoso criado pela Sophie. Enquanto fiquei muito feliz quando a Arqueiro divulgou o lançamento. Esperei a Black Friday e... Devorei esse livro no dia de Natal. Sério, não tem como não amar Riley Moore. Ele é uma pessoa do bem, apesar de ter passado uma temporada na cadeia. Pensa sempre no bem de todos e se dá super bem com sua mãe e seus três irmãos (todos homens).
A escrita dela é super gostosa e, por ter conteúdo erótico, algumas pessoas podem se incomodar com isso – eu não, pelo contrário, queria ter um Riley pra mim. É muito interessante ver como o amor de Riley por Lexie vem desde a infância, me faz acreditar que, às vezes, duas pessoas nascem destinadas uma a outra e nada pode destruir isso. O tempo vai passando, os amigos viram namorados e... a imaturidade destrói tudo.

Uma série de fatores fez com que Lexie escondesse a gravidez. Mas o estopim de tudo foi a morte do pai dela, que a fez mergulhar numa forte depressão. A depressão, aliás, foi abordada meio que por cima, não é o foco do livro, mas podemos notar o que essa doença silenciosa faz com uma pessoa. Logo, a autora mostra que a depressão afeta não só a pessoa que a tem, mas todas as pessoas a seu redor.

A relação de Lex com sua família (mãe, irmã e filho) é maravilhosa, eles a reergueram da depressão e fizeram com que ela se esforçasse em melhorar e até abrir uma loja, a joalheria "Com Amor, Você", que tem um sistema de descontos bem interessante: se a cliente (sempre mulher, pelo que entendi) estava em dúvida entre dois produtos (um anel e uma pulseira, por exemplo), Lex encaminhava a pessoa até um espelho e lhe entregava um papel em branco, onde a mulher escreveria uma dedicatória a si mesma. No canto do papel, apenas uma assinatura: “com amor, você”. Se a cliente fosse sincera na mensagem escrita, ganhava 20% de desconto em um dos produtos. Uma boa forma de se autovalorizar e ainda por cima ganhar um desconto.

Então, se você procura uma trilogia já publicada contendo uma linda história, personagens incríveis, crushes literários (tem para todos os gostos, Carter segue sendo meu favorito) e boas doses de humor e sexo, a trilogia Desejo Proibido é para você. Vou sentir falta de todos os personagens, confesso.

Garanta aqui seu exemplar de Amor Sem Medidas.

Olá!

Como vai o seu feriado? Espero que esteja ótimo, com muitas leituras! Eu estou, aos poucos, com a rotina voltando ao normal, já que o TCC está quase pronto (desde já, o produto final está espetacular!) Mas, a resenha de hoje era para ter saído há muito, mais muito tempo. Como não há justificativa para o atraso em postar, só me resta pedir desculpas ao autor e postar a resenha.

O autor Joe de Lima entrou em contato com o blog através do facebook para formalizar a parceria, me convidando a ler sua obra, Arcanista, um livro com pegada futurista. Isso foi em agosto, mas só hoje eu trago a resenha. Uma pena, pois perdi muito tempo e demorei demais para curtir essa história maravilhosa! Espero que tanto o Joe como você que me lê curtam a resenha de Arcanista, primeiro volume da trilogia Vera Cruz.

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Antes de mais nada, preciso dizer que esta história acontece em um tempo muito posterior ao nosso, em um território chamado Vera Cruz - que dá nome à trilogia. O arcanista é aquele/a que trabalha para a Arcanum, organização paramilitar que, junto com a Guarda Nacional, cuida da segurança do país e da família Regencial, que o comanda.

Sabendo disso, já posso apresentar nosso protagonista, Marcel Seeder. Ele é filho de um famoso arcanista e tem o sonho de seguir os passos do pai, que se aposentou após se ferir gravemente em um famoso combate. Como ele estuda em uma escola preparatória, o Instituto Beta, claro que ele já se inscreveu para as provas. Sua melhor amiga é Beatrix, que o conhece desde sempre.

Para passar nas provas, o aluno precisa cumprir, no mínimo, 70 pontos, mas, em toda a história do Instituto Beta, ninguém se tornou um bom arcanista com menos de oitenta. Nosso Marcel será o primeiro. Fora da escola, ele é um adolescente comum: mora com o pai, que é separado da mãe, cuida de seus peixes, gosta de uma certa garota...

Mas, a partir da cerimônia de graduação dos arcanistas, em que ele se aproximará de ninguém mais e ninguém menos que a futura Regente-Geral de Vera Cruz, sua vida vai virar do avesso, deixando de ser um simples arcanista para amadurecer de modo vertiginoso. Enquanto isso, o governo, a Guarda Nacional e a Arcanum precisam arrumar um jeito de dar um ponto final na Voz Verde, que no início era uma ONG tipo Greenpeace, mas acabou entrando na marginalidade por querer inculcar na sociedade o conceito de cuidar na natureza, principalmente do mana.

O Mana é a fonte de energia de toda a Vera Cruz. A matéria-prima é sugada da Terra de maneira desenfreada. Com ela, tudo funciona na mais altíssima tecnologia. Mais poderoso que o Mana, só as gemas que os arcanistas recebem, sendo representadas por: fogo, gelo, força, cura e mente. Pelo que entendi da história, a gema é uma espécie de poder que, concentrada na mão do arcanista, faz com que ele seja praticamente invencível. (eu queria a gema-fogo, só pra sair tacando fogo em tudo hahahah)

Esta distopia não perde em nada para as gringas!!! Gostaria de ter lido logo que o Joe entrou em contato comigo para ceder o livro em troca da resenha. Por força maior (vulgo TCC ft. raramente saio com meu Kindle de casa) adiei a leitura até agora. Até onde me lembro, a única outra distopia nacional que li (não toda, claro) foi a da FML Pepper (tão boa quanto esta) e, assim como a dela, a história criada pelo autor é inédita, ao mesmo tempo que faz uma crítica social (pude perceber isso nas entrelinhas, não sei se o Joe tinha mesmo essa intenção ou vi demais) ele monta uma nação que, apesar de toda a tecnologia que possui (tablet já existe, mas ainda não dá pra reproduzir hologramas...), ainda é tão arcaica quanto a nossa no quesito sociedade.
Como já disse, o autor que entrou em contato, me convidando para fazer a leitura da obra. Arcanista é o primeiro volume da trilogia Vera Cruz e, até onde pesquisei, só encontrei até o segundo volume, Armamentista, que obviamente está na minha lista de desejados. Em vários momentos da obra, visualizei as cenas, principalmente as de luta com gemas. Sabe que, se o Brasil tivesse estrutura para fazer filmes do gênero, o do Joe daria uma ótima produção? A forma como ele escreve, fluida e limpa, permitindo a visualização das cenas, abre espaço para a criação de um roteiro em cima da história original.

Por ser uma edição independente, é mais comum encontrar erros de português, o que não é o caso deste livro. Encontrei só uns dois erros, nada grave. Porém, senti falta de várias preposições durante a leitura, o que exige uma maior atenção na revisão (não sei se ele pagou ou fez sozinho). Como é independente, ele mesmo pode arrumar os erros e publicar novamente na Amazon, sem muitos prejuízos.

No mais, peço desculpas ao Joe por ter demorado tanto na leitura da obra, mas adorei muito conhecer o Marcel e devorei o livro em três dias (seriam dois, se não fosse o feriado). Então, recomendo a leitura de Arcanista e que venha o Armamentista! E, agora sim, uma ótima parceria para nós, que renda muitos frutos para ambos!

P.S.: Se você, autor, quer que eu leia sua obra, só entrar em contato comigo através do inbox do Facebook ou pelo email kamilafm.14@gmail.com.



Olá!

Mais uma série encerrada. Com muita dor no coração, tenho que trazer a resenha do terceiro livro da trilogia Reiniciados, da Teri Terry - que é maravilhosa e mora no meu coração. Confira a resenha abaixo e em seguida vá ler toda a série.
Resenhas Anteriores: Reiniciados | Fragmentada
Este é o terceiro volume da série Reiniciados e nossa protagonista Kyla continua sua jornada exatamente de onde parou o volume anterior, Fragmentada. Pra variar, os Lordeiros e o TAG (Terroristas Anti Governamentais) continuam atrás dela. Lembrando que os Lordeiros são os guardas do governo de Coalizão Central, em que o Reino Unido se fechou para o resto do mundo (tipo Coreia do Norte) e o TAG é o grupo que quer acabar com os Lordeiros na base da bala.

Mas agora, Kyla tem uma nova informação: sua mãe foi localizada. Seu nome é Stella Connor e mora em Keswick. Quem conseguiu essa informação foi o DEA, os Desaparecidos em Ação, órgão não oficial que ajuda os parentes de Reiniciados a encontrarem seus sumidos. Stella é diretora de um orfanato na cidade, que cuida de várias adolescentes.

Mas antes, Kyla precisaria (de novo) mudar de nome e visual. Agora ela seria Riley Kain (mistura de Lucy, seu nome de batismo; Chuva (seu nome como integrante do TAG, do inglês Rain) e Kyla. Chegando em Keswick, uma torrente de verdades são trocadas entre mãe e filha. Mas, por causa de uma Lordeira infiltrada no orfanato, Kyla/Riley precisa fugir de novo, para junto de Aiden, um dos líderes do DEA. Mas, qual a surpresa da jovem quando ela encontra Ben! Sim, o Ben lá do primeiro livro, o primeiro amor de Kyla, logo que ela foi Reiniciada, estava ali, junto com Aiden. Mas, será que é o mesmo Ben?
Bom, por ser o terceiro volume da trilogia, se eu disser mais qualquer coisa além disso, vira spoiler, aliás, nesses dois parágrafos têm spoilers, mas não posso resenhar sem antes contar a história, certo? Pois bem, os Lordeiros estão com tudo! Estão atrás de Kyla/Lucy/Chuva, porém, oficialmente, ela foi dada como morta. O motivo da "morte" da personagem só será revelado no fim do livro.

Ainda não é descoberto o líder dos Lordeiros, mas o primeiro-ministro planeja algo. E Olivia, mãe de Stella, que é uma espécie de "líder" também está atrás de Kyla/Chuva/Lucy, mas Riley, que está novamente mudada, precisará fugir, caso queira salvar seu país. Mal sabe ela que não é uma ex-Reiniciada qualquer...

Acabou a trilogia. To no chão com esse final. Eu sabia que Kyla sabia demais, mas dessa vez, a Teri jogou vários segredos assim, na cara, sem anestesia. Cada vez que lia uma página, tinha uma novidade. Lá na primeira resenha (link abaixo da primeira foto), eu disse que esperava um final positivo. O final me surpreendeu - não vou dizer como acabou, porque seria demais. Os personagens criados pela Teri foram tão bem feitos que não esperava outro final. E ainda deu tempo de rolar um início de romance, mas senti falta de algumas coisas.

Não nos é revelado quem lidera (de verdade) os Lordeiros, mas em troca, a autora conta a verdade sobre Kyla. Ben, a paixão de Kyla, não é tudo isso que acreditamos. Aliás, sem os Nivos, as pessoas aproveitaram e mostraram suas personalidades. Enfim, uma série de fatos novos que foram colocados no lugar certo e na hora certa, mostrando o talento de Terry.
Li esse livro na semana anterior ao referendo em que o Reino Unido optou por sair da UE (independente do resultado e das consequências que ele trará, parabéns aos envolvidos, por perguntar a opinião do povo, diferente de um certo país aí que troca de presidente na calada...). Então, para mim, me parecia irreal o Reino Unido estar fora da UE. Mas o jogo virou, não é mesmo? E o mais incrível é que, parte dos motivos que levaram o RU, no livro, a se isolar do mundo foi a desvalorização da moeda. Olhem aí o que levou o Reino Unido a sair da UE. 

No livro ainda temos a Irlanda Unida, provavelmente a junção da Irlanda do Norte com a República da Irlanda. A Irlanda Unida está separada do Reino Unido, logo não estão isolados. E não é que se especula uma possível junção das Irlandas para que possam voltar para a UE? Espero que não aconteça de verdade o que aconteceu no livro, mas que é, olha, a autora mais parecia uma vidente...
Escrevi esse status no domingo, 26/06 por volta de 11 da manhã, compartilhado pela autora, com um pedido de desculpas, rs.
Vou sentir falta dos personagens e dessa história tão maravilhosa que a Teri nos proporcionou. Foi com ela que conheci o maravilhoso mundo das distopias, então com certeza virei fã dela, agora só me resta a saudade da trama, mas agora vou ficar de olho na próxima série dela, que eu não sei como se chama, mas sei que saiu pela Farol Literário, rs. Preciso dizer que vocês devem ler?



Olá!

O resenhado de hoje é um recebido que eu deveria ter feito o post no mês passado, mas por causa do meu TCC, acabou ficando pendente - aliás, meu TCC me deixou longe de muita coisa, até mesmo do blog, mas a semana virou e cá estou de volta para contar que tive que incluir essa maravilha de livro nos meus favoritos. É o #2 da trilogia Desejo Proibido, o Paixão Libertadora, de Sophie Jackson.
Paixão Libertadora conta a história de Max O'Hare, um cara que está se recuperando de seu vício em cocaína. Depois de várias situações envolvendo drogas e tentativa de suicídio, ele está em uma clínica de reabilitação, vivendo um dia de cada vez, porque é assim que se vence o vício, dia após dia, sempre ocupando a mente com coisas interessantes, no caso de Max, a pintura e as consultas com dr. Elliot.

Max tem uma oficina mecânica e quem está cuidando dela é Riley, ao passo que Carter, protagonista do volume anterior, cuida da permanência de Max na clínica. O'Hare, aos poucos vai ganhando sua liberdade, até o dia em que está livre. Ele não queria voltar para Nova York, então resolve ficar na casa de veraneio de Carter e Kat - ah, as obras são independentes, mas não recomendo ler fora da ordem, com certeza você receberá um spoiler. Ele até aceita, mas se arrepende, ao ver a alegria. Max resolve ir até o condado de Preston, ficar na casa de Vince, um tio, que possui uma empresa de construção civil, ou seja, constrói casas.

Grace Brooks acaba de comprar uma casa caindo aos pedaços no condado de Preston. Ela está muito empolgada, mas Kai, seu irmão, tem receios de deixá-la sozinha: eles viveram juntos por um ano em Washington, depois do que aconteceu a Grace. Por fim, a empresa de Vince é contratada para consertar (reconstruir, diga-se de passagem) a casa. Apesar da casa estar em um estado deplorável, Grace estava orgulhosa, pois havia conseguido aquele lugar com seu próprio esforço, aquele seria o seu lar.

Max resolve trabalhar como ajudante de pedreiro na casa de Grace. E é lá que se conhecem. Em comum, apenas o fato de que estão hospedados na mesma pousada e que gostam de correr. E entre uma e outra corrida matinal, Grace propõe que eles façam sexo, para que ela volte a se sentir atraente. Sim, Grace tinha um grave problema de autoestima, mas não era frescura, ela foi vítima de violência doméstica e seu ex-marido estava em liberdade condicional do outro lado do país. Enquanto que Max sofria por ter sido abandonado por sua ex-noiva, Lizzie. Logo, temos duas pessoas que estão encontrando redenção. Será que duas pessoas com problemáticas tão pesadas conseguirão ser felizes?

Simplesmente não estou sabendo lidar com essa história! Se me apaixonei por Carter e Kat no primeiro volume, o que dizer de Max e Grace? Apesar de serem duas pessoas com passados tristes, eles fazem de tudo para buscar a felicidade - mesmo às vezes eu querendo socar o Max por ser idiota. Li muitos NAs em que os personagens buscavam a cura no sexo e em alguns deles, achei que havia sexo demais (sexo ainda vende, fazer o quê...). Mas não aqui. Neste livro, Grace foi física e mentalmente abusada por seu ex-marido, que praticamente a reduziu a lixo, inclusive na questão do sexo. Ela não se sente atraente e o sexo passa a ser tabu: jamais deixaria ser tocada por um homem, tampouco se apaixonaria. Só de pensar nisso, ela tinha crise de pânico.

Max é o clássico garanhão: pegava todas, bebia, curtia festas, enfim, o famoso bad boy. Mas ele se apaixonou por Lizzie, mas essa paixão durou até que o casal sofresse uma grave perda. Lizzie não aguentou e foi embora. Ele, então caiu na cocaína, esperando ela voltar, ou seja, caiu em declínio. Para Max, sexo passou a ser uma casualidade. Logo, a proposta de Grace o deixou encabulado, mas ele não cometeria o erro de se apaixonar, trataria Grace com carinho, mas continuaria sendo uma relação casual.
Deixando o casal de lado um pouco, preciso falar sobre algo que me deixou surpresa após a leitura. Quando você vê a capa (maravilhosa) de Paixão Libertadora, você vê um cara negro e uma moça que, aparentemente, passou por uma sessão de bronzeamento artificial. E qual foi minha surpresa ao constatar que Grace é negra! Há uma passagem no livro em que (sim, vou dar um spoiler, mas faz-se necessário para esta reflexão) Grace quer tirar algumas fotos das mãos de Max - ela é fotógrafa amadora - e a autora descreve o contraste entre "a pele dela deliciosamente escura, um caramelo quente, contra o branco levemente bronzeado dele" (pg. 146).

Você já parou para pensar quantos livros com mulheres negras existem por aí? Mas digo mulheres negras no século XXI, não as dos livros que tem escravidão como tema principal ou plano de fundo. Eu olhei na minha prateleira, que tem cerca de 100 livros, mas tirando as biografias, os Guias Politicamente Incorretos e os clássicos, são cerca de 85 livros de ficção. E nenhum, mas nenhum mesmo, a protagonista é negra. Eu tentei lembrar de algum outro que tenha lido via empréstimo, mas não me vem nenhum a mente. Sabe por que eu levantei esse ponto? Pelo simples motivo de que é raro termos negros protagonizando livros.

Independente da nacionalidade de quem escreveu, acredito que há um racismo velado até mesmo na literatura. Será que temos uma massa gigantesca de livros com personagens principais brancos pelo simples motivo de que vende mais? E a ausência de negros em papeis de destaque passa tão batido que, lendo três resenhas deste livro de blogs aleatórios que peguei na internet, nenhum dos textos citou esse detalhe. Resolvi bater nessa tecla porque estamos em um tempo em que tudo se discute e se reflete, principalmente na internet. Acho que vale a reflexão...

Como eu disse no início do post, recebi esse livro em parceria, logicamente com a Arqueiro. O trabalho de capa, revisão e edição, como sempre, impecáveis. Gostaria de ter postado essa resenha dentro do prazo, mas, como eu disse lá no início, não foi possível. Pelo que li, o próximo livro terá Riley como protagonista. Só resta qual será o próximo conto. Quem disse que vai ter conto 2.5 foi o Goodreads.

Enfim, falei bastante mas o mais importante fica pro final: leiam, vocês vão se apaixonar por Grace e Max, agora já não sei quem é meu casal favorito, se são eles ou Carter e Kat, o jeito é esperar o livro derradeiro, rs. Ah, e por favor, deixem nos comentários suas opiniões sobre a representatividade negra na literatura atual, quero muito saber o que pensam!


Olá!

O filme de hoje é baseado em uma trilogia relativamente recente, mas, que já é um clássico por vários motivos. Espero que gostem e assistam Os Homens que Não Amavam as Mulheres, filme baseado no livro de mesmo nome, o primeiro da trilogia Millenium, do jornalista sueco Stieg Larsson. E tem na Netflix!

Título Original: Män Som Hatar Kvinnor
Elenco: Michael Nyqvist (Mikael Blomkvist), Noomi Rapace (Lisbeth Salander), Ewa Fröling (Harriet Vanger), Sven-Bertil Taube (Henrik Vanger) e grande elenco - de nomes esquisitos de escrever e quase impossíveis de se pronunciar.
Ano: 2009
Duração: 2h30m

“Os Homens que não Amavam as Mulheres” começa com o jornalista Mikael “Kalle” Blomkvist sendo julgado pelo crime de difamação contra o empresário Hans-Erik Wennerström. Mikael denunciou uma série de crimes como lavagem de dinheiro, porém, o empresário consegue provar sua inocência. Agora, Mikael tem poucos meses para recorrer da sentença.

Nesse meio tempo, o milionário Henrik Vanger solicita a uma empresa de segurança para investigar o jornalista. Quem faz a investigação é Lisbeth Salander, uma hacker profissonal. Lisbeth também tem sua história: ela vem de uma família problemática e, apesar de ser maior de idade, vive sob a custódia do governo*. Seu tutor acaba sofrendo um infarto e ela logo será assistida por outro homem, que quer controlar sua vida.

* Não entendi muito bem essa parte, mas acredito que jovens com histórico de agressividade/violência na adolescência ainda ficam sob os cuidados do governo sueco mesmo depois de adultos. Achei interessante.

Enquanto Henrik Vanger procura Kalle Blomkvist, Lisbeth sofre nas mãos do novo tutor: o cara é um verdadeiro sádico que, para que a jovem possa ter acesso aos seus ganhos – o tutor controla boa parte – e não volte à clínica psiquiátrica, ele abusa sexualmente dela.

Henrik quer saber quem matou sua sobrinha, Harriet Vanger. A jovem desapareceu em 1969, logo depois de uma ponte que liga a cidade de Hedestad à ilha de Hebedy ter sido interditada. Toda a família Vanger é suspeita: dois irmãos e dois sobrinhos de Henrik.

Até então, Lisbeth e Mikael não se conhecem, mas, a investigação do jornalista e os conhecimentos de internet de Lisbeth unirão esses dois em busca de uma verdade que, apesar do tempo, não ficou esquecida.

Que filme! Eu não tive (ainda) o prazer de ler a série - são três livros escritos por Stieg e mais um escrito por outro autor, mas depois falarei com detalhes. Esse filme é sueco, então, a chance de ser bem fiel ao livro é alta. Basicamente, adoro livros e filmes com jornalistas em papel de destaque, então, não poderia não me simpatizar com Mikael "Kalle" Blomkvist (sem falar que o ator é um gato). Mas, aqui não temos apenas um jornalista que foi prejudicado pelo seu trabalho, temos Lisbeth, uma jovem que aparenta ser forte, mas na verdade, sofre muito, por causa de seu passado e de seu presente.

Os livros/filmes não são só para assistir, são para refletir também. Além de Lisbeth, Harriet e outras moças ao longo deste volume sofreram abusos. Sério, depois de assistir, fui correndo pesquisar sobre ele e ver o preço dos livros - aceito de presente - porque a obra me impactou bastante.

Lá no começo do post eu disse que a trilogia Millenium é considerado um clássico, mesmo sendo um livro relativamente recente. Segundo eu pesquisei, o autor dos livros, o jornalista Stieg Larsson, entregou os manuscritos antes de morrer, em 2004. Os livros retratam vários assuntos, que fizeram o povo sueco refletir. Ou seja, a obra impactou. Mas o coitado do autor morreu sem ver seus livros cruzando as fronteiras da Escandinávia.

Stieg Larsson morreu de ataque cardíaco em 2004, depois de ter entregue os originais dos livros. Como se não bastasse, depois de sua morte, ainda houve briga envolvendo seus parentes. Tudo porque um quarto volume da obra foi escrito sem a permissão da viúva de Larsson. E sabem por que o livro foi escrito mesmo assim? Como Larsson não era legalmente casado, David Lagercrantz ignorou os manuscritos que ele deixou com a viúva e tomou as rédeas da série. Ou seja, a viúva Larsson não poderia não dar sequência à série porque era amasiada... Juro que não entendo a Justiça Sueca. Esse volume, A Garota na Teia de Aranha, foi lançado em agosto de 2015.

O autor teve a ideia de escrever a trilogia porque, aos 15 anos, testemunhou uma jovem - de nome Lisbeth - ser vítima de um estupro coletivo. Ele carregou a amargura de ter se omitido diante de um crime tão grave por toda a sua vida, por isso escreveu os livros. E dedicou a ela.

Por um lado, a história é linda, mas eu fiquei pensando: por que será que ele deixou a menina ser violentada? Será que ele poderia ter feito algo pra ajudar? Enfim, ele transformou essa situação bárbara em uma série onde a heroína é uma jovem que tem uma vida relativamente turbulenta, mas é muito inteligente e consegue se livrar - e livrar outras pessoas - de enrascadas graves.

Seja o livro ou o filme - o sueco, não o americano, por favor - vale a pena conhecer a trilogia Millenium. Stieg Larsson deixou mais que uma história, deixou uma mensagem, um recado. Cabe a cada leitor interpretá-la. Então, apenas assistam e se deixem levar por esses personagens tão marcantes - e pela paisagem também, a Suécia é linda demais!

PS: os livros de Stieg Larsson são tão clássicos que, um a cada quatro suecos leu pelo menos um exemplar da série. E isso é muito, partindo da premissa de que a população sueca é de pouco mais de 9,5 milhões de pessoas, para se ter ideia da grandiosidade e até onde chegou a história de Lisbeth e Mikael, é como se quase toda a cidade de São Paulo (11 milhões) tivesse lido. A Suécia inteira cabe em SP! <3

E como não podia deixar de ser, encerro com o trailer oficial do filme. A parte ruim é que está dublado, mas na Netflix tem legendado, então não percam tempo! E é bom que dá pra aprender sueco, rs.




Olá!

Que livro é esse!! Diferente de muita coisa que li, Encontrando-me, terceiro volume da série Perdendo-me, é de tirar o fôlego! Essa série arrebatou meu pobre coração, portanto, já aviso logo que a leitura é mais que recomendada!!!
Resenhas anteriores: Perdendo-me | Fingindo 

Encontrando-me conta a história de Kelsey Summers, uma jovem atriz recém-formada que resolveu viajar pela Europa para escapar de tudo o que estava passando em sua casa. Ela queria esquecer muitas coisas.

Kelsey está em Budapeste com alguns amigos que conhecera naquele dia quando, após um beijo constrangedor, ela conhece Hunt, um soldado americano muito gato. Kels estava um pouco bêbada, então, ele a ajudou a sair do bar e a levou até a porta do albergue onde ela estava instalada.

Os encontros entre Kels e Hunt aconteceram nos dias seguintes. Mas, Kels decidiu que era hora de ir embora, depois de ser sexualmente rejeitada por Hunt. Por sugestão de Jenny, uma canadense com quem ela fez amizade, nossa protagonista decide ir para Praga. E não é que no trem rumo à capital da República Tcheca, ela encontra... Nosso soldado maravilhoso!!

Então, Hunt propõe a ela uma aventura: visitar vários países europeus em sete dias. Pode parecer absurdo uma garota viajar com um completo desconhecido, mas, Kels queria se aventurar, então aceitou a proposta.
Por incrível que pareça, Hunt conhecia Kels muito bem. Tratava-se de identificação. Ele também tivera problemas ao longo de sua vida. E ele viu esse sofrimento em Kelsey. E é em meio à lindas paisagens e vários países, que Kelsey e Hunt descobrirão que melhor é o presente, se desapegando do futuro e sem se preocupar com o passado. E Hunt tem um segredo. Quando ele vier à tona, você vai ficar de queixo caído. Literalmente!
Que livro! Li em tempo recorde – cerca de 20 horas. Isso se deve ao meu tempo sobrando e a escrita maravilhosa da Cora Carmack. Ela mostra como os jovens, quando chegam à vida adulta, na maioria das vezes se iludem, achando que tudo são flores, mas quando na verdade, algumas vezes, precisamos nos esconder em máscaras. Máscaras, aliás, é uma facilidade para Kels, pois, sendo atriz, não precisa se esforçar muito para trazer à tona algum personagem que esconda quem realmente ela é.

Da trilogia, eu ainda prefiro a Bliss, do primeiro volume – lembrando que é uma trilogia, mas a leitura pode ser feita fora de ordem, pois as tramas são independentes. Nesse volume, Bliss aparece só duas vezes e Cade, protagonista do segundo volume, só é citado uma única vez. Mas, confesso que queria entrar no livro e ajudar a Kels. Ela teve um grande trauma na infância e seus país nada fizeram. Aliás, os país dela são um par de idiotas, totalmente se lixam pra filha. Só se importam com as aparências. 

Um livro que precisa ser apreciado. Até aparenta um YA a mais na multidão, mas a mensagem que ele transmite é maravilhosa, delicada, única. A escrita da autora flui naturalmente, te prende logo de cara. O final, diferente do segundo volume, não foi corrido, mas senti falta de um detalhe, que não poderei dizer, por motivos de spoiler. O trabalho de revisão da NC falhou um pouco na revisão, porque encontrei erros, mas como foram bem poucos, não atrapalhou o andamento da história. 

E a capa está bem legal. Mesmo eu não gostando de rostos na capa, essa ficou bonita porque transmite ternura, o rosto do rapaz quase não aparece e o da moça está de perfil, o que deixa a capa bem bonita.

Não só Encontrando-me, como toda a trilogia é recomendada. Cada livro tem uma mensagem a ser transmitida. Com certeza você se identifica com algum deles. Eu me identifiquei com a Bliss, lá do Perdendo-me, mas você pode ser qualquer um deles. Tudo nesse livro é lindo, inclusive as cidades visitadas.


Olá!

Dando sequência à maratona Férias Literárias, trago para vocês a resenha de um livro que me deixou boquiaberta. É o Fingindo, o segundo volume da trilogia Perdendo-me, cujo primeiro volume a resenha está aqui. Mesmo sendo o segundo volume, esse é um daqueles livros que você pode ler fora da ordem que não tem problema.



Em Fingindo, temos Cade, o certinho. O único spoiler que soltarei aqui é que Cade é apaixonado por Bliss, sua amiga de faculdade. Bliss protagonizou Perdendo-me, em Fingindo, ela aparece apenas duas vezes. Cade tem 22 anos e faz mestrado em Belas-Artes. Está com a auto estima no chão, já que seu suposto grande amor ama outro (que pena).E foi em um encontro de amigos que ele ficou sabendo que Bliss seria pedida em casamento.

Do outro lado temos Max, uma garota do tipo vida loka: tem tatuagens, piercings e cabelo vermelho. Ela namora o musicista Mace, vida loka que nem ela, mas nem de longe ele tem os problemas de nossa protagonista. Eles fazem parte de uma banda

Bliss, seu namorado Garrick e Cade estão em uma cafeteria, mas uma ligação recebida por Bliss fez com que o casal saísse correndo e deixasse Cade sozinho que nem a Céline Dion quando canta All By Myself. Nesse momento, Max e Mace chegam na dita cafeteria. Por questões do momento, Max diz a mãe que está namorando um cara meio nerd, daqueles que frequentam a biblioteca e tudo! Qual a surpresa da jovem quando ouve que os pais estão na cidade - vindos de Oklahoma - e querem conhecer o tal rapaz. O cara não existe e Max precisa pensar rápido em: sumir com Mace e achar um cara para apresentar aos pais, ultra-conservadores.

Então, ela vê Cade sozinho numa das mesas do lugar e percebe que ele tem as características do suposto namorado e então o convida para ser seu namorado por um dia. Ele, sem nada a perder, aceita, em troca de um encontro com a moça. Imediatamente após Cade aceitar o pedido de Max, os pais da jovem chegam à cafeteria. Em uma rápida conversa, Cade é aprovado pelo casal Miller - sobrenome de Max, que na verdade é Mackenzie, mas ela odeia o nome. Até eu odiaria, Mackenzie pra mim é nome masculino, rs.  Cade percebe que sua história com Max não duraria apenas 24 horas quando a senhora Miller - Betty - o convida para o jantar de Ação de Graças, feriado sagrado para a família.


Até o Minion Stuart resolveu fingir, rs...

Max e Cade farão de tudo para fingirem ser o casal perfeito. Ele precisa atuar e ela precisa esconder suas tatuagens e sua vida na Filadélfia. E ambos precisam perder seus medos...

Vou parar por aqui porque temo dar (mais) spoilers, com certeza. Adorei essa história porque os protagonistas são jovens com problemas, o que facilmente me fez identificar com Max. Jovens com problemas é o que mais tem na face da Terra, não? Você também se identificaria com um deles, pois tanto eles como nós, temos muitos medos, incertezas e sonhos.

A escrita da Cora é maravilhosa e envolvente. Ela não deixa nenhum ponto sem esclarecer. Só não gostei do final por motivos de: aconteceu muito rápido. Vejam bem: gostei do final, foi ótimo, condisse com a história, porém, aconteceu rápido demais, como se a autora tivesse pressa em acabar o livro. Ou seja, gostei da sequência dos fatos, mas não da velocidade com que eles aconteceram. Tirando isso, tudo certo. Fingindo, como já dito, é o segundo volume de uma trilogia, porém, pode ser lido fora da ordem. Claro que conhecer Garrick e Bliss ajuda muito, mas, mesmo que você não consiga ler o primeiro, durante a leitura deste, a autora consegue explicar algumas coisas que rolaram no anterior.

Pra variar, a Novo Conceito brilhou na edição e diagramação. A revisão possui pouquíssimas falhas e tiveram o cuidado até de colocar notas de rodapé explicando alguns nomes que não seriam passíveis de tradução e também notas com explicações de nomes próprios, marcas e siglas e também traduções de trechos de músicas que Max canta durante o livro.

Naturalmente, continuo fã da Cora, devido a sua escrita maravilhosa. Estou esperando o terceiro volume, Encontrando-me, que, seguindo a lógica da NC, só sai no ano que vem - Perdendo-me foi lançado durante a Bienal de 2014 de SP e Fingindo saiu em março desse ano.

Espero que você goste da resenha e semana que vem tem mais um livro da maratona Férias Literárias!!!

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