Olá!

Mais um recebido em parceria com a Arqueiro aqui no blog! Pena que, dessa vez, o livro ficou bem abaixo das expectativas, nem parece que foi ele mesmo que escreveu. Enfim, escritores também são seres humanos e também falham (ou escrevem histórias não tão boas assim). Então vem entender o que aconteceu depois que li A Promessa, de Harlan Coben.
A Promessa é o oitavo livro da série Myron Bolitar e desta vez ele vai prometer umas coisas complicadas a duas jovens, que são as filhas de sua namorada e de sua amiga. Um certo dia, ele encontra essas moças conversando em seu porão. Elas falavam sobre garotos, festas e álcool. Myron, querendo ajudar (algo que é normal em sua vida), oferece ajuda a elas, caso algum dia estivessem em apuros. Para que elas tivessem total confiança, ele promete que, caso elas liguem, ele não fará nenhum tipo de pergunta. 

E isso realmente acontece. Uma das meninas, Aimee Biel, que é filha de uma amiga de longa data de Bolitar, liga para ele, pedindo que a leve num certo endereço. Depois que ele cumpre sua promessa, a garota é dada como desaparecida. Porém, alguns meses antes, outra garota sumiu, em modus operandi parecido com este: garota maior de idade, faz saque num caixa eletrônico (o mesmo nos dois casos). E Myron acaba sendo considerado o principal suspeito do desaparecimento de Aimee. E o que era pra ser um caso de procura, acaba se tornando uma busca pela verdade. 

Adoro romances policiais, então não ler Harlan seria algo estúpido de minha parte. É o quarto livro dele que leio – segundo sobre Bolitar – e infelizmente, ele me decepcionou. Comecei a leitura com altas expectativas, que não foram superadas. Aliás, nem parece que foi ele quem escreveu, de tão modorrento que é.
A leitura foi muito arrastada, mesmo eu já tendo reclamado de ter lido vários policiais em um curto espaço de tempo, esperava mais deste livro. E não, o fato de ter lido vários do gênero em seguida não ia atrapalhar esta leitura, até porque eu li premissas bem diferentes, situadas nos mais diversos lugares, como São Paulo, Estocolmo e Reykavik. Parece que temos mais do mesmo, Bolitar roda, roda, roda e não sai do lugar, muitos detalhes – muitos mesmo – e a história não parece avançar. O que é uma pena, porque Coben é mestre em fazer prender os seus leitores, só que, desta vez, parece que ele perdeu a mão. 

Já a Arqueiro está de parabéns pela edição. Solicitado em parceria, a capa condiz com a trama e adorei o título escrito em rosa – na minha estante vai combinar com o "O Medo Mais Profundo" (resenha aqui), cujo título está escrito em azul e também é uma história com Myron, mas muito melhor. 

Antes que me crucifiquem, Harlan não perdeu uma fã, pelo contrário, vou continuar lendo mais dele sim, mas A Promessa não foi um livro que me convenceu, e fico chateada porque acompanho o trabalho dele e nem preciso dizer, mas ele é ótimo no que faz! A propósito, se você conhece mais obras dele, pode me indicar! Pra ajudar, além de O Medo Mais Profundo, eu li "Cilada" (resenha aqui) e "Não Fale com Estranhos" (resenha aqui), todos recebidos em parceria com a editora. 

O marcador informa todos os títulos da série Myron Bolitar.
P.S.: Arqueiro, que dia será publicado Home, o décimo primeiro livro da série?



Olá!

Mais uma breve fuga do TCC (que está ficando lindo, aliás) para mais uma resenha de recebido em parceria que é simplesmente maravilhoso! O Medo Mais Profundo, do mestre Harlan Coben, é um suspense que mostra que, por um filho, é possível ir até as últimas consequências.

O Medo Mais Profundo começa com Myron Bolitar reencontrando uma ex-namorada, Emily, de quem tem muita mágoa. Mas ela não voltou do passado à toa, precisava de ajuda. Seu filho, Jeremy, de 13 anos, tem uma grave doença - anemia de Fanconi - e precisa urgentemente de um transplante de medula. Até aí, uma situação grave, que vai piorar quando ela diz que um doador foi encontrado, mas ele simplesmente sumiu. Como se não bastasse, Emily ainda revela que o garoto é filho de Myron.

É o sétimo livro da série Myron Bolitar, mas o primeiro que leio, então não sei muito sobre ele, mas deu pra entender que, em algum momento, foi investigador de polícia. Porém, neste livro, ele tem uma empresa que agencia atletas. A agência está passando por uma crise, que Myron precisa driblar, enquanto procura o doador sumiu - o detalhe é que Myron nem sabe quem é esse doador - e ainda precisa se preocupar com o pai, que recentemente sofreu um ataque do coração.

A situação vai se agravando quando Bolitar finalmente encontra uma pista sobre o doador. E quanto mais ele mexe, mais a coisa piora, porque ele se depara com uma família poderosa que não quer que ele investigue. Só que ele está entre a espada e a parede. Será que ele vai ceder às ameaças?

Terceiro livro do senhor Coben e só uma frase: queria ter beijado aquela careca maravilhosa na Bienal de 2014! Que história! Ela começa um pouco morna, onde Bolitar relembra os momentos que viveu com Emily - e quando ela o trocou por outro. Myron, na juventude, era um promissor jogador de basquete, mas uma lesão grave no joelho colocou um fim em sua carreira. Mas, conforme o tempo vai passando - e ficando cada vez mais curto para salvar Jeremy - essas lembranças doloridas acabam voltando, mas ele precisa colocar tudo isso de lado, porque precisa encontrar o bendito doador.

Conforme a trama vai se desenrolando, nós entendemos porque Harlan ganhou tantos prêmios: ele constrói uma história intrínseca, de deixar o coração do leitor na mão, ao mesmo tempo que queremos que Jeremy seja salvo, queremos saber quem é o doador, quem são os poderosos que querem que Myron pare de investigar... E ainda sobra tempo pra um princípio de romance, com a apresentadora Terese Collins, mas acho que, pelo contexto, esse romance seja algo antigo - portanto, está em outros livros.



Recebi este livro em parceria com a Arqueiro e, mais uma vez, a editora não deixou a desejar: um ótimo trabalho de revisão/edição. Só encontrei um erro, falta de atenção, inclusive. A capa também esta bem bonita, condizente com a trama - vendo essa capa, me lembrei do livro Não Fale com Estranhos, também do Harlan (resenha aqui), em que, na capa, há duas pessoas, sendo uma encapuzada, dando a impressão de um assaltante. Aqui, vi a mesma coisa: uma pessoa encapuzada escorada num alambrado, parece um assaltante também, rs.

É claro que recomendo essa história, um suspense de tirar o fôlego. Se você tiver tempo, devora em um dia! Eu só demorei dois dias porque tenho TCC, senão, teria lido sem parar. Espero que a Arqueiro continue trazendo os livros do Harlan Coben pro Brasil porque, sem dúvida, são maravilhosos!!


Olá!

Peço desculpas pelo meu sumiço, fiquei uma semana longe daqui por causa da minha pré-banca do TCC. Mas posso adiantar que, apesar das várias leituras que fiz, habemus TCC! hahaha na verdade, ainda não sei como será feito, mas pelo menos sei que será feito - mais pra frente conto mais detalhes.

O resenhado de hoje é um recebido em parceria que li sem expectativas e acabei mergulhando numa história única. Suspense, mistério e várias polêmicas estão em Não Fale Com Estranhos, de Harlan Coben, publicado pela Arqueiro.
Não Fale Com Estranhos nos apresenta Adam Price. Um cara que tem a vida dos sonhos. Tem um emprego bacana como advogado, é casado e tem dois filhos. A história começa quando Adam está em uma reunião com outros pais, em que o técnico do time de lacrosse da escola vai chamar os jogadores. Ryan, um dos filhos de Adam, tem chances de estar no time A. Até aí tudo bem, até que um homem estranho abordou Adam, dizendo que sua esposa, Corinne, mentiu para ele.

Daí em diante, a derrocada de Adam começa. Ele tenta conversar com Corinne, mas foi desnecessário. Adam já comprovou que ela mentira para ele. Mas o que era pra ser apenas uma mentira, torna-se um jogo cruel, com mais mentiras e assassinatos. Corinne pede um tempo no casamento e some. Isso mesmo. Some, deixando apenas duas mensagens para Adam.
Enquanto isso, o homem estranho já estava atrás de outra pessoa para contar outra verdade. A pobre vítima era Heidi, uma mulher cujo segredo revelado tinha relação com uma de suas filhas. Depois veio Dan, um cara que morria de orgulho de seu filho, que estava tentando entrar na universidade através do futebol americano - mas o filho de Dan também tinha um segredo. Ainda deu tempo de mais duas mulheres terem seus segredos revelados. Porém, Dan foi chantageado. Heidi e Adam não. E as intrigas envolvendo essa complexa história começam aí.
Uma partida de lacrosse, cujo objetivo é fazer o gol, usando esse taco com uma redinha na ponta.
Como começar essa história que mais parece um emaranhado de histórias que, aparentemente, não tem sentido algum? Por que a pessoa tem que ser muito tola para acreditar em algo dito por um estranho. Mas não é que nosso personagem acreditou? Meio intrigante pensar que alguém acreditaria em um fato qualquer dito por um estranho. Mas, sabe quando aquela verdade inconveniente é revelada? Aquela que todo mundo viu, menos você? Então, esse é o ponto de partida desse livro.

Até boa parte do livro, eu achava que o estranho estava ali para contar a determinadas pessoas algum segredo podre. Mas, além desse estranho, havia um outro grupo, que tinha como objetivo destruir uma pessoa que sabia demais. Daí pra frente, nem respirei mais. Cada página era uma nova descoberta, até que, quando finalmente descubro o paradeiro de Corinne, fiquei de queixo caído. Mesmo. 

Eu solicitei esse livro junto à Arqueiro, parceira do blog e, em relação ao livro que solicitei anteriormente, o Cilada (resenha aqui), Não Fale Com Estranhos é muito, mas muito melhor. Para se ter uma ideia, li apenas em dois dias (teria sido em um dia só, se eu não tivesse que trabalhar). Enquanto que Cilada tinha um início arrastado, melhorando mais pro meio da história, este te prende do início ao fim, com várias partes que, de início, parecem soltas, mas elas se encaixam perfeitamente, contando uma história que chega a ser inacreditável, mas com uma mensagem que te faz pensar.

Em relação à parte gráfica, a editora está de parabéns. Não encontrei erros, a capa está condizente com a obra - apesar de que, pra mim, parece que o cara vai ser assaltado, rs - e as folhas amareladas permitem uma leitura confortável, mesmo quando você está em um ônibus que balança muito. Enfim, não há muito o que dizer dessa obra, a não ser, que leiam e desfrutem dessa história eletrizante! E pra saber o que aconteceu com a Corinne, né?!


Olá!

Hora de conferir a resenha de um livro que recebi da Arqueiro em parceria e, ao ler sem expectativa nenhuma, me deparei com uma trama incrível - e com protagonista jornalista!!! Desfrutem a resenha de Cilada, de Harlan Coben.

Cilada começa com a jornalista Wendy Tines, da NTC, apresentando mais um de seus programas, que consistia em flagrar pedófilos. O acusado da vez era Dan Mercer, um homem que trabalhava com crianças carentes. Ora, ele foi uma dessas crianças. Depois de muito investigar, o tribunal inocentou Dan. Mas esse era só o começo de uma longa, tensa e tortuosa investigação.

Enquanto isso, a jovem Haley McWaid, de 17 anos, estava desaparecida há 90 dias. Ou seja, 90 dias sem notícias. E, claro que Dan Mercer era suspeito, já que era considerado um pedófilo. Mas, um certo dia, Dan é assassinado. E Wendy começa a ouvir seus instintos. Acha que pode ter condenado um inocente em rede nacional.

Entre programas de TV, acusações de pedofilia e um Dan Mercer que teve sua vida irreversivelmente alterada, Wendy, a família McWaid e outras supostas vítimas de pedofilia, Harlan Coben nos brinda com uma história que, apesar de ter umas partes chatas, é de tirar o fôlego - e de você ficar boquiaberta com o final.

Primeira vez que leio um livro do Coben (que esteve na última Bienal em SP, eu o vi, mas não sabia quem era e, quando perguntei a uma moça que passava na hora, ela só faltou me bater, tamanha minha ignorância. Desculpa, moça.) Agora, já sabendo de quem se trata, posso dizer que ele escreve bem, mas não a ponto de se tornar um favorito.

Vamos lá: ele escreve bem, com fluência, porém, ele coloca umas partes que não precisa - pelo menos eu enxerguei assim - como detalhes demais em determinada cena. Por exemplo: logo que a advogada Hester Crimstein aparece no livro - além de advogada, apresenta um programa de TV, tipo o Caso Encerrado, que passava no SBT. Pesquisem no youtube e se divirtam - ele dá muitos detalhes sobre o programa que estavam gravando. E também tem o caso das falas. 

Adoro falas - o livro é narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista de Wendy - mas, esse tem muitas! Tem texto corrido, mas tem muitas falas, mesmo. Não gosto porque, em dado momento, se tiver mais de dois personagens na cena, eu me confundo e não sei mais quem é quem. 
Sobre a obra, os pontos negativos que vi são só esses. A parte boa é que dá pra refletir bastante sobre essa história. Como já sabem - e se não sabem, vão saber - estudo jornalismo e adoro devorar histórias - mesmo ficcionais - em que há personagens jornalistas. Cilada me fez refletir sobre a linha tênue entre o jornalismo e a justiça. 

Veja bem: Wendy usa seu programa para desmascarar pedófilos. Porém, ela lança mão do consagrado porém irritante sensacionalismo. Tudo para conseguir o flagra, aquele momento irrefutável. Quem ler o livro vai ver como funcionou a armação para que Wendy "capturasse" Dan. Sim, o programa lançou mão de uma armação para fisgar Dan. Então, parei e pensei: por que a televisão está fazendo o trabalho que é da justiça?

Entendo que a televisão tem um papel importante quando o assunto é auxiliar na busca por desaparecidos, criminosos, etc. Mas, daí a procurar um bandido, não é demais? Ainda não trabalho na área, mas acredito que deve ser maravilhoso dar um furo de reportagem, trazer uma informação exclusiva, porém, esse livro me mostrou - não sei se o autor fez de propósito ou se eu vi além - que ir até as últimas consequências em nome da audiência pode ter resultados gravíssimos. Exemplificando: caso Escola Base. Todo mundo viu o que aconteceu. Foi nisso que fiquei pensando após a leitura.

Além de Dan e Wendy, tem os amigos do suposto pedófilo. São quatro e eles aparecem durante a obra e, claro, têm seus segredos, mas todos interligados com uma brincadeira do passado, que criou uma enorme bola de neve, prejudicando até mesmo vários inocentes. Prestem atenção neles e em Ed Grayson, pai de uma suposta vítima de Mercer. Esse cara também vai aprontar, deixando o leitor de queixo caído.

O trabalho de revisão/edição/diagramação da Arqueiro - de quem recebi em parceria - está de parabéns, mesmo tendo encontrado dois errinhos de revisão. Os capítulos começam aleatoriamente na folha - podem aparecer no começo, meio ou fim da folha - acredito que seja uma regra que deve constar em vários livros do gênero. A capa, de início, achei sem sentido, mas, ao fim da leitura, ela se encaixa perfeitamente à trama. 

Por fim, recomendo a leitura. Eu o li sem expectativa nenhuma e terminei boquiaberta com a forma como Coben conduziu a história. Mesmo com os detalhes que considerei negativos, a história é muito bem escrita, sem pontas soltas nem correria com o final. Apesar de não ser meu favorito, quero ler mais dele sim!