Olá!

Aos trancos e barrancos, vamos cumprindo os tópicos do Desafio 12 Meses Literários e, dessa vez, por incrível que pareça, matei dois coelhos com uma paulada só, pobrezinhos. Além de eu ter lido uma autora nascida neste mês, ainda encerrei mais uma trilogia. Vem conferir o último volume da trilogia Rainha da Fofoca.

SKOOB - A Rainha da Fofoca – Fisgada é o último volume da trilogia criada por Meg Cabot e, começando exatamente de onde acaba o anterior, Lizzie finalmente vai se casar! Mas com Luke, o príncipe. Pra quem não lembra, Luke é o homem perfeito para Lizzie (segundo a própria), pois se preocupa e a ama. E até lhe deu um anel de noivado da Cartier.

E não é só isso: por causa de um acidente com seu patrão, Monsieur Henri, ela terá que cuidar do ateliê de restauração de vestido de noiva dele. O que significa que ela terá que cuidar de absolutamente tudo. E sua carreira como restauradora de vestidos de noiva alavancou de modo impressionante: seu nome saiu nas colunas sociais, depois do ocorrido (o clímax do livro anterior), logo, as ricas e famosas vão querer ser clientes dela, até mesmo uma certa Ava Gerk, popular (e infelizmente) conhecida por ser uma “vagabunda viciada em crack”

Mas nem tudo são flores com a maior boca aberta que conhecemos: ela sofre um grande baque em sua vida, enquanto não sabe se realmente ama Luke. Porque ela está dividida entre seu noivo e Chaz, melhor amigo dele. E fica se anulando em detrimento de uma relação que nem ela mesma sabe no que resultará, que dirá nós leitores.

Nascida em primeiro de fevereiro de 1967, portanto atendendo ao segundo tópico do Desafio 12 Meses Literários, Meg Cabot encerrou uma trilogia que me fez rir, mas também ligou um alerta em mim. Tipo, as coisas que Lizzie dizia (para si e para os outros) para manter o relacionamento, quantas mentiras ela disse pra se iludir, porque o que importava para ela é que ia se casar com um príncipe. Você vai lendo e se perguntando: por que ela está tão desesperada para se casar? Quantas histórias (não necessariamente ficcionais) vemos de mulheres que se anulam de detrimento de um embuste?
Aliás, depois de um começo de ano em que li míseros quatro livros, finalmente estou recuperando meu ritmo de leitura. Não lembro mais quando comprei os livros da trilogia, mas demorei um bocado pra finalizar. E não me arrependo, pois foi uma leitura super gostosa e com muitas curiosidades interessantes sobre casamentos. Cada capítulo começa com uma dica de Lizzie para o casamento da leitora e uma epígrafe. Realmente algo bem original.

Inclusive, as dicas vão de como controlar sua cunhada a saber quais músicas devem tocar durante a festa. E sobre isso, saibam que, para que todos dancem na sua festa, tem que tocar desde "Dancing Queen" (ABBA) a "YMCA" (Village People), passando pelo hino máximo e supremo "It's Raining Men" (The Weather Girls). Vocês não podem dormir sem saber disso.

Pra quem está na ressaca literária, recomendo todos os livros da série. É aliás, fiquei chocada porque li as 445 páginas em um dia. UM ÚNICO DIA. Sim, é surpreendente. Talvez só a Ana, do Entre Chocolates e Músicas, que é a maior fã dela, deva conseguir essa proeza. É uma pena que muita gente torça o nariz pros chick kits (abomino quem usa o termo “literatura de mulherzinha”), pra considerar um gênero inferior. Pode ler sim, viu, amiguinho. Poucas coisas são tão boas quanto uma boa leitura. Agora estou com saudades de todos os personagens.

Compre aqui seu exemplar de A Rainha da Fofoca - Fisgada.

Olá!

Mais um nacional no blog! E logo esse, que caiu nas minhas mãos na hora certa. Boa Noite é o primeiro livro que leio da Pam Gonçalves. E com certeza será o primeiro de muitos.
SKOOB - Boa Noite nos apresenta a jovem Alina, que vai trocar sua cidadezinha do interior pela capital (ou quase isso) para cursar a faculdade de Engenharia da Computação. Ela vai morar numa certa república, com mais três pessoas: o casal Talita e Bernardo, Gustavo (o dono da casa) e Manu (a mais espevitada). Alina é uma menina tímida e tranquila, então, quando vê aquele mundo de festas toda semana, cresce nela uma súbita vontade de mudar de estilo.

Se nas festas - organizadas pelos próprios alunos - ela se divertia, nas aulas a situação era outra. Todo mundo sabe que Engenharia da Computação é um curso "tipicamente masculino" (ainda bem que estamos num país livre, portanto temos o direito de estudar o que quiser), naturalmente, são poucas as mulheres na sala e, na turma de Alina não é diferente, apenas ela e mais três garotas numa imensa turma de rapazes. Tem machismo sim ou claro?

Mas nossa protagonista é determinada. Ela sabe que terá que enfrentar o machismo e o preconceito se quiser ficar na instituição e prosseguir seus estudos. Numa dessas festas, ela vai conhecer um certo Artur, que é um fofo, mas claramente tem segundas intenções. Ele é amigo de Cauê, que não tem a melhor fama entre os alunos, mas é da Atlética de Medicina e, ainda por cima, é de família influente.
Aliás, Artur, Cauê e Gustavo são dessa atlética, que, pra quem não sabe, é tipo um grêmio estudantil, mas só sabe mesmo é organizar festa. Pois bem, Alina vai se relacionar com Artur, mas, antes que uma coisa grave acontecesse, ela descobre um segredo pesado sobre Artur e agora terá uma nova missão: evitar que outras meninas não passem pelo que ela (quase) passou.

Primeiramente, graças ao bom Deus que não estudei em universidade pública. Porque tudo que aconteceu com a Alina (não gostei desse nome) só acontece ou em universidade pública ou particular de renome (tipo Mackenzie), onde todo mundo tem dinheiro e/ou influência. Só por isso minha vontade era de entrar no livro e socar todo mundo. Porém, canalizei tudo e foi uma experiência maravilhosa.

Que livro maravilhoso, incrível, empoderador, espetacular, amém Pam Gonçalves! Alina é a síntese da mulher decidida, poderosa e independente que todas nós devemos ser. Ela não se abate pelo machismo nem quando uma certa situação se agrava e ela se vê com o dever de evitar que isso só piore. Boa Noite (admito que não entendi o título em relação à obra, mas beleza) é aquele livro que veio pra empoderar as mulheres que ainda se sentem inseguras, seja com seu corpo, com suas opiniões, seja lá com o que for.

Muito se fala em sororidade e empoderamento, e vemos bastante esses tópicos ao longo da leitura, além de outros temas bem mais pesados, como abuso sexual, estupro, uso de álcool e drogas e assim por diante. Porém, tudo isso é tratado de maneira simples, fazendo com que todas as meninas e mulheres entendam claramente a mensagem transmitida.

Mesmo a história se passando pros lados de Santa Catarina, o que aconteceu com a Alina infelizmente acontece com muitas meninas e mulheres em várias partes do país. Boa Noite também é um alerta. Apesar de diariamente nos ensinarem que devemos dizer "não" sempre que julgarmos necessário (só beba se quiser, só transe se quiser e assim por diante), parece que os homens não entendem quando dizemos "não" e que ele tem valor de "não" e não de "sim", ainda temos que tomar muito cuidado, sempre seremos julgadas.

Recomendado, principalmente para que nós mulheres possamos entender como a união é importante. União e não o oposto, como nos fazem acreditar.



Olá!

Hora de conferir mais uma sugestão de leitura bacana para você ler nesse inverno, rápida e engraçada. Confira a resenha de Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo, escrito por David Levithan em parceria com Rachel Cohn.
SKOOB - Naomi e Ely são amigos inseparáveis. Naomi já namorou o Bruce, o Primeiro, e agora está com o Bruce, o Segundo, que ama Ely. E Ely é gay. Mas uma briga vai fazer com que ambos briguem. Uma briga feia, que não aconteceu nem mesmo quando o pai de Naomi teve um caso com uma das mães de Ely.

Além disso, tem a Robin (de Schenectady, uma cidade no interior dos EUA) que gosta do Robin (que sempre é visto no Starbucks próximo à faculdade). Tem o Gabriel, o porteiro gato (e hétero) do prédio onde a dupla mora, Kelly, irmã do Bruce, o Segundo, e a Lista do Não Beijo. Basicamente, é uma grande bagunça, mas o livro vai começar com Naomi contando como mente compulsivamente. Mente tanto que está até acostumada. Ela ama Ely, mas o sentimento mudou conforme os anos foram passando. E ele não percebeu. E depois dessa briga feia, os dois vão se separar, algo impensável para as pessoas que moram no prédio onde moram os amigos. Aliás, ambos são vizinhos de porta.

A Lista do Não Beijo™ é uma lista que, como o nome já diz, é uma lista em que os nomes nela escritos não devem, em hipótese alguma, ser beijados.

Como disse, o livro é uma bagunça, mas conforme você vai lendo, vai se organizando e entendendo a trama. Rodeados de Starbucks e festas LGBTQ, Naomi e Ely vão vivendo uma vida de universitários, cada um com seus problemas, como Ely e seus sentimentos acerca de Bruce, o Segundo, e Naomi, preocupada com sua mãe, que ainda não superou a traição de seu ex-marido.
Minha visão passa bem.
Por ser um livro para o público jovem, então está com uma linguagem bem atual. Todos os personagens que citei narram pelo menos um capítulo no livro - sempre em primeira pessoa - e, principalmente nos capítulos que a Naomi narra, aparecem vários emoticons, super legais, mas pra quem enxerga bem, o que não é meu caso - principalmente para ver os bonequinhos que diferenciam Robin (menina) de Robin (menino), tive que praticamente enfiar o livro na cara. A intenção foi boa, mas poderiam ter evitado essa fadiga.

Mas, pior que emoticons, só mesmo a tradução da editora para títulos de outra editora. Um dos Bruce (não direi qual, rs) é fã de Nicholas Sparks. Até aí tudo bem, mas a tradução resolveu dizer que o personagem citou os trechos de "Mensagem na Garrafa" e "O Caderno de Noah". Tá brincando, né? Tudo bem que Sparks saiu pela Novo Conceito (Arqueiro recomprou recentemente), mas são livros mundialmente conhecidos, pra que fazer a tradução literal, Galera Record? Será que tem a ver com royalties? Ainda mais porque nós que somos fãs sabemos que Message of a Bottle aqui é "Uma Carta de Amor" e "The Notebook" é "Diário de Uma Paixão". Pior do que isso, foi ver que escreveram certo mais um título que o personagem leu: "Um Amor para Recordar".

Voltando à minha opinião sobre o livro, apesar de eu não ser o público alvo, foi uma boa leitura. É uma obra de entretenimento, então ela vem pra te arrancar boas risadas. Claro que, em um momento ou outro o leitor se depara com uma frase mais profunda, principalmente quando os personagens falam sobre amizade. É um livro que pode ser lido tranquilamente, em dois dias ou menos, isso porque a dupla Levithan-Cohn tem uma escrita bem tranquila, leve e gostosa. A capa é linda (esse copo me lembra os do Starbucks) e tirando o detalhe do parágrafo acima, a tradução está ótima. Leitura recomendada.




Olá!

No Vida Literária de Abril, a Raíssa escolheu À Procura de Audrey, da Sophie Kinsella, para que eu e a Ani o lêssemos. Primeira vez que leio algo da Sophie fora do âmbito da Becky Bloom e tenho que admitir que me surpreendi. Positivamente, claro. Confiram a resenha.


SKOOB - O livro nos apresenta Audrey Turner, uma jovem que, depois de passar por uma situação de bullying na escola - na verdade, ela não conta os detalhes do que aconteceu, mas deixa isso subentendido - acaba entrando em uma Síndrome de Ansiedade. Sim, depressão. Ela passa na terapeuta e toma remédios, mas seu progresso é lento. A trama vai começar quando a mãe de Audrey joga o laptop de Frank, o irmão, pela janela de casa, porque ele é viciado demais em um certo jogo de computador.

Daí em diante, conheceremos mais a vida da família Turner, como a mãe, Anne, que é viciada no Daily Mail; o periódico é como uma bíblia para ela: "se saiu no Daily Mail, é verdade", eu diria a ela. O irmão Frank tem 15 anos e já sabemos que é viciado em jogos, o caçula é o Felix, um fofo de quatro anos e o pai é Chris, que é um banana, mas muito gente boa.

Entre um jogo e outro, Linus vai começar a frequentar a casa. Ele é amigo de Frank e também joga no computador. Como Audrey não consegue se comunicar com pessoas de fora, ela se sentirá assustada com a presença do jovem, porém, uma bonita amizade nascerá entre eles. Linus, aliás, despertará sentimentos que Audrey julgava esquecidos... Além disso, a dra. Sarah, terapeuta de Audrey, pedirá para que ela faça um documentário, entrevistando a família e mostrando o dia-a-dia dela.

Que lindeza de livro! Depressão, por incrível que pareça, ainda é um tabu em nossa sociedade. Por mais que o assunto seja discutido à exaustão, ainda tem gente que diz que "é frescura" e coisas assim. Apesar de ser uma leitura leve e até mesmo engraçada em alguns momentos (gargalhei em algumas partes, sempre com a mãe de Audrey envolvida), o livro mostra (pelo menos aparenta mostrar) como funciona a mente de alguém com depressão ou algum distúrbio do gênero.

Por causa da ansiedade, ela parou de interagir com a sociedade, de ir para a escola, enfim, deixou de viver. Vivia trancada em casa, em seu cantinho escuro, só com uma TV ligada. Seus óculos escuros são seus melhores amigos; não olha ninguém nos olhos, porque sabe o poder que eles têm, mas que é subestimado porque os olhos são minúsculos perto de outras partes do corpo.
Deveria ter aprendido a fazer roteiros na faculdade, mas aprendi a fazer com este livro. Obrigada, Sophie.
A maioria das pessoas subestima os olhos. Para começo de conversa, são poderosos. Têm grande alcance. Você os foca em alguém a 30 metros de distância, em meio a um mar de gente, e a pessoa sabe que está sendo observada. Que outra parte da anatomia humana é capaz de fazer isso? É praticamente o mesmo que ser um médium, é isso.
Sophie é mundialmente conhecida pela série da Becky Bloom (que só vi o filme, mas gosto), mas eu pude notar uma espécie de amadurecimento por parte da autora. Por mais que eu tenha visto só o filme da Becky, acredito que os livros até sejam tão fiéis, mas é como se uma Sophie contasse a história da consumista mais amada da literatura e outra Sophie, mais responsável, tivesse escrito a história de Audrey. Neste livro, a autora mostra muito mais que uma pessoa doente, ela mostra (ou pelo menos tenta) o que se passa na cabeça dessa pessoa, como o simples ato de cumprimentar uma visita em sua própria casa é algo perturbador.

O mais legal nesse livro é que podemos ver o roteiro do documentário de Audrey, intitulado "Minha serena e amorosa família", onde ela flagra a família em diversas situações, até mesmo quando julgava filmar apenas banalidades. E justamente por entender o Audrey sente (já que é contado em primeira pessoa) é que conseguimos acompanhar o que ela precisa fazer para superar sua doença e voltar a ser a garota brilhante que era. E, mais uma vez, o assunto do bullying é abordado, sempre com delicadeza, mas sem deixar de ser uma crítica.

Linus foi o único detalhe negativo, me deixou irritada no início, pois senti que ele forçava a Audrey a melhorar. Tipo, ele só faltou usar o imperativo para falar com ela, querendo que ela melhorasse da noite pro dia, como se apenas a força de vontade fosse suficiente. Sabemos que não é, mas, com o tempo, ele foi mostrando seu verdadeiro lado, e como sua fé e sua persistência (quando ele parou de mandar) foram importantes para a melhora de nossa protagonista.

Como li a edição digital, não tenho muito a dizer, foi uma leitura sem problemas, em que li em questão de horas - só parei para dormir mesmo. A capa é super condizente com a obra - aliás, para mim, é uma das mais bonitas da Literatura recente - em que retrata uma jovem de óculos escuros e mãos inquietas, aparentemente quieta, mas que, por dentro, precisa lutar contra seu cérebro reptiliano, como ela chama a parte de seu cérebro responsável por processar a ansiedade.

No mais, foi uma excelente leitura, a Raíssa foi feliz na escolha e também foi ótimo ver como a Sophie abordou o problema, de maneira cômica, mas sem ser irritante nem forçada e, ainda por cima, mostrar como o bullying pode desencadear problemas graves - não só na vítima, mas em toda sua família. Só faltou o ponto de vista médico - aquele em que se faz necessária uma pesquisa prévia para explanar o problema - mas ainda assim todos devem ler esse livro.

Bom, esse foi meu primeiro contato com a autora Sophie Kinsella e podemos dizer que foi proveitoso. A obra é bonitinha e até mesmo fofinha. Fazia tempo que não lia algo escrito em primeira pessoa e é uma maneira muito mais fácil de se aproximar dos personagens. Mas nem tudo são flores, por mais que eu nunca tenha sofrido depressão, sofro com crises de ansiedade, que estavam controladas desde os meus 18 anos mas agora em 2017 resolveu dar as caras novamente. Não é um assunto fácil, e a forma como a autora abordou foi bem rasa. Temos as crises de Audrey, vemos como ela se sente – cara, eu te entendo – mas o que causou tudo isso? Não sabemos. Tudo porque a personagem não pretende nos contar. Eu até entendo que por ser narrado em primeira pessoa, ficou como se fosse uma proteção à Audrey, mas como leitora, eu senti falta disso. Achei bacana a forma como ela foi dando pequenos passos para sair do “abismo” e acredito que sim, as amizades, familiares e qualquer pessoa disposta a ajudar, são melhores e mais eficazes do que remédios. O tema é bacana, mas para mim, faltou profundidade. Agora quando o assunto é escrita: ela é ótima! Leve e envolvente. Aconselho por isso. Ana, Entre Chocolates e Músicas



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Olá!

Dando continuidade ao projeto Vida Literária - que consiste em que eu, a Ani do Entre Chocolates e Músicas e a Raíssa, do O Outro Lado da Raposa leiamos um mesmo livro e o resenhemos ao fim do mês - a leitura desse mês foi escolha da Ani, que é fã (ama/gosta/idolatra) da Meg Cabot. Espero que gostem da resenha de A Rainha da Fofoca, primeiro volume da trilogia de mesmo nome. 


A Rainha da Fofoca nos apresenta Elizabeth "Lizzie" Nichols. Ela acabou de se formar em História da Moda e está de malas prontas para viajar para a Inglaterra junto com seu namorado Andrew, que estão juntos há apenas três meses. Seus amigos Shari e Chaz (que são um casal) são totalmente contra a viagem. Eles querem que ela vá para Nova York com eles e não para a Inglaterra, onde ela ficará fazendo nada pelos seis meses seguintes enquanto Andrew vai terminar seu curso. 

Durante sua festa de formatura, Lizzie descobre (e não conta pra ninguém) que, pra se formar, precisa entregar uma monografia. Suas duas irmãs acham que Lizzie vai se dar mal e vai voltar pra casa com o rabo entre as pernas. E durante essa festa, Lizzie ganha três luzinhas de leitura, para usar durante a viagem.

Contrariando a todos, Lizzie vai para a Inglaterra. Mas nada será como ela imagina. Um dos grandes defeitos dela - senão o maior - é que ela tem a boca solta. Ela fala sem pensar (e quando pensa antes, ela fala logo depois) e imagina muito. Ela faz o que conhecemos como "contar com o ovo antes da galinha". Pois bem, sua estadia na Inglaterra dá muito errado. Shari e Chaz foram para a França, trabalhar em um chatêau (castelo) de um amigo.

Para não dar o gosto da vitória para as irmãs, Lizzie resolve ir para a França - depois de descobrir várias coisas sobre Andrew. Durante a viagem de trem, ela conhece Luke. Ela percebe que ele é um cara legal e conta tudo para ele - tudo mesmo, até os detalhes sórdidos, que ninguém precisava saber. Chegando em território francês, Lizzie se sente sozinha, pois não conseguiu avisar a Shari que estava a caminho.

Qual a surpresa de Lizzie (e minha) quando Shari chega à estação de trem para buscar Luke, que na verdade se chama Jean-Luc de Villers, apenas o filho do dono do castelo. LIZZIE CONTOU SUA VIDA PARA O FILHO DO DONO DO CASTELO ONDE ELA IA SE HOSPEDAR!! Claro que, dado o uso de maiúsculas, nossa protagonista ficou de cara no chão. Como se não bastasse, se preparem para rir bastante, porque Lizzie vai aprontar muitas - aprontar no bom sentido, mas vai aprontar!

Não sei como começar essa resenha. Bem, eu tive meu primeiro contato com Meg Cabot quando li Pegando Fogo. Essa história é tão horrível que só li duas páginas (e só lembro que um tipo de ostra e o time de futebol americano do lugar tinham o mesmo nome). Então, desisti de ler algo dela, mesmo a Ani falando todo dia (todo dia mesmo, acreditem) sobre como a Meg é incrível, linda, maravilhosa demais e etc. Aproveitando então o Vida Literária desse mês, ela sugeriu esse livro. 

"Essa foi uma releitura muito gostosa de se fazer. Depois de 3 anos, me peguei rindo com Lizzie e torcendo para ela. A Meg é incrível – não digo apenas como super fã – mas uma pessoa que consegue mudar de estilo completamente em suas obras sem perder a qualidade, merece aplausos. A leitura fluiu e foi super-rápida. Não vejo a hora de terminar a trilogia." Ani Lima

Já comecei rindo logo nas primeiras páginas! O jeito que a Meg escreve mais parece uma conversa entre mim e a personagem - o livro é narrado em primeira pessoa. Ela lança mão das maiúsculas de um jeito que não cansa a leitura. Já falei que o livro é engraçado? Pois é, o SLC (Sistema Lizzie de Comunicação) garante boas risadas ao longo da leitura. Pra eu virar fã da Meg ainda falta muito, mas eu aceitaria de bom grado a sequência desse livro - que parou em um ponto, digamos, interessante.

A parte ruim fica por conta da editora. Do Grupo Editorial Record eu só leio os da Bertrand Brasil por motivos de: Isabel Allende, então é a primeira vez que leio algo do selo Galera Record. O exemplar que li faz parte da quinta edição, publicada em 2012. A reforma ortográfica de nossa língua pátria entrou em vigor em janeiro de 2009. O que custava revisar o livro????? Gente, esse livro não passou pela reforma ortográfica!! E sabe o que é pior: o preço. Eu paguei acho que 22 (ou 28, não lembro agora) na Amazon, mas os livros da Cabot têm preços salgados. Tipo, quem é o corajoso que põe pra vender livros que não passaram pela revisão pós-reforma ortográfica (portanto estão repletos de erros de português) por mais de 40 reais??? Inadmissível.

Voltando às partes boas do livro, cada capítulo começa com um parágrafo da monografia de Lizzie (quero fazer uma monografia assim rs), seguido de uma epígrafe de grandes personalidades da literatura, sempre tendo como tema a fofoca. O livro tem 26 capítulos. A fonte virou detalhe irrelevante perto da não revisão ortográfica. Aliás, bem que a editora poderia usar uma tinta que fixe no papel, direto encontrei palavras impressas pela metade...

"Mais uma vez me diverti muito com a escrita da autora e as personagens que ela cria. Lizzie é muito engraçada e meio atrapalhada, sem falar em sua dramaticidade! Parece que tudo o que tiver para dar errado na vida dela, consequentemente acaba dando errado mesmo. E o leitor só consegue dar risada das situações que ela passa." Raíssa Martins

Apesar da futilidade que Lizzie transmite (ela fala muito de moda, de marcas, de grifes, me soa um tanto fútil), ela tem bom coração e uma língua que fala muito. Muito mesmo. Mas, ainda assim, o leitor torce para que ela se dê bem no final. Depois dessa leitura, me arriscaria a ler outros títulos da Meg, ela tem uma escrita leve. rápida e ágil, fazendo com que o leitor aprenda um pouco sobre a História da Moda e reze para que Lizzie entregue sua monografia.

PS: uma personagem que apareceu pouco, mas merece destaque, é a vovó Nichols. Sério, ela é a cara da sinceridade, fala sem medo! Queria ser neta dela! Quer ser amiga da Lizzie? Dê a ela litros e mais litros de Diet Coke e a afaste dos tomates!

E já temos a leitura de dezembro: a Raíssa escolheu "Como se Apaixonar", da Cecelia Ahern. Estou sem expectativas quanto à leitura, mas acho que vou gostar, ainda mais porque já conheço e gosto da escrita dela!

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Olá!

Só pra lembrar que tem sorteio rolando!!! Clique aqui pra participar!

E hoje tem a lista dos recebidos de maio! Claro, que, a lista é bem menor que a de abril, mas o que vale é o conteúdo, não?


(começando da esquerda: A Garota Americana - dois em um, Uma Curva no Tempo e A Playlist de Hayden)



Como já deu pra ver, esse é um livro vira-vira. São os dois volumes de A Garota Americana, que eu ganhei da Ani, do Entre Chocolates e Músicas. Ainda não li, mas sei que a história envolve uma adolescente e um dos presidentes dos Estados Unidos. E, segundo a Ani, é um dos melhores da Meg Cabot - o primeiro que li foi "Pegando Fogo" e a experiência não foi das melhores, espero que esse me faça mudar meus conceitos sobre Cabot.

 
(fiz essa montagem para mostrar as capas, que são bem bonitas, aliás)


O próximo quem me mandou foi a Novo Conceito, em agradecimento ao post que fiz com as primeiras impressões dele (clique aqui). Basicamente, Hayden se suicidou e seu amigo Sam agora precisa descobrir o que aconteceu. A NC fez um site com todas as músicas que abrem os capítulos desse livro (clique aqui). Pena que não tem nada que eu gosto. Enfim, no kit veio além do livro, o marcador (do livro também, óbvio) e nesse potinho veio um par de fones de ouvido que, pro meu azar, não funcionaram no meu celular, aliás, acredito que não sirva em nenhum dos celulares da Motorola, que é a marca do meu celular.



E pra terminar, a queridíssima parceira do blog, a editora Arqueiro me mandou "Uma Curva no Tempo", de Dani Atkins. A editora fez um kit super fofo contendo essa sacola, o bottom, quatro marcadores (que esqueci de fotografar) e uma amostra do "Floresta Encantada" (na verdade é um desenho de uma coruja). Não sei do que se trata a história, mas o livro é curtinho e provavelmente devorarei em uns dois ou três dias!

Bem, esses foram meus recebidos! Será que mês que vem, terei mais ou menos? E não, não comprei nenhum livro esse mês.